ESG
Entenda a importância da governança ESG para a sua empresa
A governança ESG consiste na adoção de boas práticas que conduzem uma empresa para o atendimento efetivo de políticas corporativas, tais como as voltadas para ações anticorrupção, implementação de código de conduta, entre outros fatores relacionados.
Parte de um dos três pilares dos indicadores ESG — que também olham para os fatores ambientais e sociais das organizações — a governança corporativa é a mais comumente encontrada nas companhias por ser a responsável por garantir a transparência e as políticas de combate aos comportamentos ilegais e ilícitos.
Aqui, vale destacar que a transparência em relatórios obrigatórios, inclusive, ajuda as empresas a amadurecer seu posicionamento no mercado e a definir práticas mais assertivas, além de favorecer a aprendizagem contínua.
Entretanto, para chegar a resultados como esses, é fundamental entender de forma completa o que é governança em ESG, qual a importância desse pilar para um negócio, e quais princípios o norteiam.
Esses, e outros pontos sobre o tema, serão esclarecidos agora, neste artigo. Por isso, siga a leitura e confira!
O que é a governança ESG?
Governança ESG pode ser definida como a adoção de princípios e processos de gestão corporativa que garantem a uma empresa o cumprimento de leis e normas durante a realização de todas as suas atividades.
Dessa forma, cabe à governança corporativa, dentro do conceito ESG, gerar à companhia a garantia de transparência nos seus processos, de modo que isso também ajude a elevar o nível de confiança de todos os envolvidos no seu sistema, tais como clientes, investidores, funcionários e fornecedores.
Até recentemente, a maioria das grandes empresas operava seguindo a “doutrina Friedman”, na qual seu principal propósito era a geração de lucros para os acionistas.
Apesar de esse modelo de negócio ter seus benefícios claros, a visão focada apenas no dinheiro foi superada e, agora, a “tendência” é o investimento em modelos de negócio verdadeiramente sustentáveis, como os que optam por práticas ESG.
“Elas [as empresas] existem para resolver problemas de maneira viável e lucrativa, e não para ganhar dinheiro criando problemas”, afirmou Colin Meyer, professor de estudos de gestão na Saïd Business School, da Universidade de Oxford, durante o painel “Tendências Globais em Governança Corporativa” do 21º Congresso IBGC.
Segundo o professor, o pensamento de que as empresas devem lucrar a qualquer custo é, inclusive, um dos fatores desencadeadores da crise que o capitalismo atravessa.
O conceito ESG
Como uma das maneiras de resolver essa questão, surge o conceito ESG e seus indicadores, que contemplam:
Environmental (Ambiente): analisa a atuação da empresa em relação aos problemas ambientais e de qualidade de negócio;
Social: esse ponto aborda os direitos humanos, desde ações de saúde e segurança dos colaboradores à preocupação com os clientes e com a comunidade;
Governance (Governança empresarial): qual é a política empresarial de uma organização? Esse é apenas um dos pontos no escopo de governança dos indicadores ESG. Outros exemplos dessa sigla são os direitos dos acionistas, ética, transparência e políticas de combate à corrupção.
Exemplos de governança ESG
Os exemplos de governança ESG abaixo servem como uma forma de tornar o entendimento sobre esse conceito mais simples, e são:
definição de um código de conduta a ser seguido por todos os profissionais da companhia, independentemente do cargo, função ou nível hierárquico;
criação de um canal de denúncias, o qual pode ser usado por qualquer agente que tenha relacionamento com a empresa, a fim de receber informe de comportamentos considerados ilícitos, ilegais, antiéticos, entre outros;
formação de um conselho para apuração das denúncias recebidas e aplicação das penalidades definidas anteriormente no código de conduta;
prestação de contas clara e periódica a investidores e público-alvo, como meio de garantir a transparência das atividades da companhia.
Qual a importância da governança ESG nas organizações?
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, IBGC, a governança é um recurso que traduz os princípios e valores de uma organização em ações que possuem um impacto positivo na gestão da empresa.
Com isso, os princípios da governança corporativa também ajudam a alinhar os interesses e objetivos dos stakeholders para tornar menos turbulenta as relações internas e externas da organização.
Com esse investimento, é possível obter benefícios da governança ESG como:
aumento da credibilidade perante aos envolvidos com o negócio;
mais eficiência nos processos internos;
descentralização da gestão;
reputação corporativa mais consolidada;
redução nas falhas e possibilidades de fraudes;
possibilidade de acesso a recursos financeiros e investimentos sustentáveis;
mitigação de riscos operacionais e financeiros;
crescimento da eficiência operacional;
fomento à inovação;
ganho de sustentabilidade em longo prazo;
relação mais próxima com investidores, com mais possibilidade de investimentos.
As vantagens são tantas que a governança corporativa ganhou tanto destaque recentemente que sua importância foi discutida até mesmo em um TED Talk, que você pode conferir a seguir:
Como a governança impacta o ESG?
A governança impacta o ESG porque é a base para que as outras ações desse pilar sejam realizadas com transparência, ética, e de acordo com leis e normas gerais e para o ramo de atuação do negócio.
Isso porque, cabe a essa prática garantir o equilíbrio entre a forma de atuação da empresa, sua postura, ações e condutas durante a jornada de busca pelos objetivos definidos.
Por isso, é certo dizer que a governança ESG é a responsável por estruturar a gestão de uma companhia que tem como base de funcionamento o conceito “environmental, social and corporate governance”.
É seu papel definir e monitorar o trabalho realizado, se atentar a atividades ilícitas, a exemplo de casos de corrupção, vazamento de dados, desvio de dinheiro, entre outros.
Por meio do pilar governança, evita-se também descumprimento de leis ambientais, discriminação, situações preconceituosas, e outros comportamentos que afetam negativamente os pontos socioambientais do conceito ESG.
Sugestão de leitura: "Sustentabilidade na cadeia de fornecedores (ESG): Por que investir?"
Quais princípios de governança ESG minha empresa precisa adotar?
Para que a sua empresa consiga colher benefícios da governança ESG, como os citados acima, há quatro pilares que deverão ser adotados pela gestão, que são:
prestação de contas;
transparência;
equidade;
responsabilidade corporativa.
Veja, a seguir, detalhes de cada um
1. Prestação de contas
“Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.”
A definição, feita pelo IBGC, já esclarece muitos pontos sobre esse pilar, não é mesmo? Então, vamos nos aprofundar um pouco mais nessa reflexão.
A prestação de contas é um importante pilar para empresas que esperam aumentar a confiança corporativa e ter parcerias positivas, seja com as equipes ou com parceiros externos.
Afinal, quanto mais informações são disponibilizadas sobre um assunto, maior a confiança entre as partes e menos os riscos de haver hostilidade e acusações que possam denegrir a reputação da organização.
2. Transparência
A transparência é essencial em todas as nossas relações interpessoais, inclusive entre a empresa e seus acionistas.
Segundo o IBGC, a transparência “consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos”.
3. Equidade
Uma relação de equidade entre a empresa e seus acionistas oferece uma maior garantia de que nenhuma das partes terá privilégios ou realizará ações discriminatórias. Para reforçar esse princípio, vamos olhar para a definição do IBGC.
De acordo com o Instituto, a equidade “caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.”
4. Responsabilidade corporativa
Apesar deste ser o último pilar da lista, sua importância não deve ser menosprezada.
Esse princípio, que tem como objetivo refletir sobre a imagem da empresa, leva a organização a olhar para os colaboradores, os cuidados com o meio ambiente, o respeito à comunidade em que a empresa está inserida e outros pontos similares.
Para o IBGC, a responsabilidade corporativa é vista como “zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.”
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Como implementar a governança ESG em um negócio?
Para implementar a governança ESG em uma empresa, os passos mais indicados a serem seguidos são:
entenda o que são e como funcionam os princípios ESG;
realize um diagnóstico do seu negócio;
defina metas;
monte a estrutura de governança;
integre o conceito ESG em toda a companhia;
mensure os resultados;
ajude os planos de ação sempre que necessário.
Confira, agora, detalhes de cada uma dessas etapas.
1. Entenda o que são e como funcionam os princípios ESG
O entendimento dos princípios ESG consiste em se aprofundar no que os conceitos ambiental, social e de governança sugerem que as empresas façam.
Por exemplo, a parte ambiental chama a atenção para medidas como logística sustentável, gestão de resíduos sólidos, entre outras. Já a parte social, tem como foco a garantia dos direitos humanos, garantia de atendimento à LGPD, e demais práticas relacionadas.
Como o objetivo aqui é implementar a governança ESG, é preciso conhecer melhor as atividades que compõem os outros pilares para garantir que tudo seja realizado de maneira ética e transparente.
2. Realize um diagnóstico do seu negócio
O passo seguinte consiste em identificar o que a empresa já faz dentro do parâmetro de governança e comparar com o que esse conceito espera que seja feito.
Para isso, deve-se levantar quais atividades já seguem essa diretriz e os pontos fortes e fracos de cada uma. Dessa forma, fica mais fácil e preciso identificar boas oportunidades de melhoria.
3. Defina metas
Por quais motivos a governança está sendo implementada? O que se espera alcançar com esse pilar ESG?
Ter essas respostas ajuda a direcionar a estratégia que está sendo adotada e a atingir bons resultados.
Porém, é essencial estabelecer metas e objetivos possíveis de serem alcançados, os quais devem ser alinhados com o porte e modelo de negócio.
Não ser realista com o que pode ser obtido tende a gerar frustração entre os envolvidos no processo e comprometer a implementação da governança ESG na companhia.
4. Monte a estrutura de governança
A estrutura de governança pode ser formada por um comitê e por uma equipe ESG.
O comitê deve ser composto, preferencialmente, por membros da alta liderança da companhia, pois cabe a eles supervisionar todo o processo de implementação e os resultados dessa prática.
A equipe consiste nos profissionais responsáveis pela execução dos planos de ação, e deve ser formado por representantes de todos os departamentos.
5. Integre o conceito ESG em toda a companhia
E por falar nos departamentos da empresa, é essencial que o conceito ESG faça parte da cultura da empresa. Afinal, de nada adianta definir e implementar boas práticas se os funcionários não seguirem as diretrizes.
No dia a dia, são eles que realizam tarefas que podem fugir às regras de governança e, com isso, colocar a reputação do negócio em risco.
Para evitar transtornos, é importante fornecer treinamentos que esclarecem o que é ESG, a importância e qual é o papel de cada um para cumprimento desses pilares.
6. Mensure os resultados
Os resultados da implementação da governança ESG podem ser mensurados por meio de indicadores.
Um bom exemplo é o IGC-T (Índice de Governança Corporativa Trade), que aponta o desempenho médio da cotação de ações de organizações que fazem parte desse índice. Esse indicador revela critérios como distribuição e valorização de dividendos.
Inclusive, temos um artigo que aborda esse tema mais detalhadamente. Não deixe de ler! "Indicadores de ESG: o que são e por que são importantes?"
7. Ajude os planos de ação sempre que necessário
Leis e normas mudam constantemente, assim como a expectativa dos stakeholders de um negócio. Por isso, é essencial rever os planos e ações voltados para governança ESG periodicamente.
Dessa forma, evita-se que a empresa deixe de atentar a alguma regra ou legislação por desconhecimento, ao mesmo tempo em que a mantém atualizada e de acordo com o esperado por sócios, clientes, investidores, fornecedores e outros agentes que a compõem.
Quais ações tomar para ter uma melhor governança em ESG na minha organização?
Alguns pontos práticos para ter uma maior governança em ESG na organização são:
adoção de um sistema de compliance para tomar um maior cuidado com a saúde fiscal e financeira da empresa, além de mostrar a luta contra a corrupção e os subornos;
investimentos no treinamento de lideranças;
maior transparência com os stakeholders;
criação de um conselho de administração independente diverso.
Além disso, é essencial garantir que os seus parceiros também tenham esse olhar voltado para a governança. Afinal, quando um contrato é feito com um fornecedor, ele se torna uma extensão do contratante.
Por isso, é imprescindível uma verificação no formato de trabalho e nos princípios desse possível parceiro, a fim de garantir que o seu negócio não seja prejudicado.
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