ESG

Especialista em ESG: responsabilidades e como se tornar um

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

21 de setembro de 2023

21 de setembro de 2023

21 de setembro de 2023

O especialista em ESG pode ser definido como o profissional responsável pela gestão e definição da estratégia socioambiental e de governança de uma empresa.

Entre as diversas tarefas atribuídas a quem ocupa esse cargo, estão a avaliação e o gerenciamento de riscos ESG que a companhia pode sofrer, decorrentes das próprias atividades econômicas executadas ou de terceiros, a exemplo de fornecedores.

Também cabe a esse profissional identificar oportunidades de melhoria e comunicar aos stakeholders as tratativas dadas pela companhia no que se refere a boas práticas ESG.

Nesse cenário, existem diferentes cargos que podem ser criados e ocupados, tais como Gestor de ESG, Head de ESG, Chief Sustainability Officer, entre outros.

Aqui, vale destacarmos que essa "nova profissão" é muito mais do que apenas uma "moda" que deve ser seguida pelas empresas. Isso porque o conceito ESG se tornou fundamental para o crescimento de qualquer negócio, e ter profissionais capacitados para cuidar da área passou a ser uma necessidade.

Apenas para você ter uma ideia, um levantamento feito pela empresa de soluções de pesquisa Ecglobal, divulgado no site Valor Econômico, revelou que práticas ESG já são critérios de decisão de compra entre os consumidores.

Agora, as pessoas estão analisando questões como responsabilidade social das marcas, impacto ambiental dos produtos e/ou serviços oferecidos, entre outros, antes de efetivar a aquisição.

Uma das melhores maneiras de atender a esse atual comportamento — e, com isso, não perder vendas e espaço no mercado — é contando com um especialista em ESG.

Neste artigo, falaremos todos os detalhes e características da função. Então, siga a leitura e confira!

O que é e o que faz o especialista em ESG?

O especialista em ESG é o profissional responsável por toda a estratégia ambiental, social e de governança de uma companhia.

A quem ocupa esse cargo, cabe realizar diferentes atividades voltadas para a área, por exemplo:

  • levantar os riscos ESG da empresa, incluindo as atividades próprias e também de parceiros de negócio;

  • definir boas práticas de sustentabilidade corporativa;

  • identificar oportunidades de melhoria sobre questões socioambientais e de governança;

  • escolher e acompanhar os indicadores ESG;

  • acompanhar os índices relacionados à estratégia;

  • emitir e divulgar os relatórios de sustentabilidades;

  • prestar suporte e passar informações ESG aos stakeholders;

  • criar e viabilizar projetos sustentáveis;

  • encontrar formas de minimizar os impactos ambientais, sociais e de governança gerados pelas atividades empresariais e sua cadeia produtiva;

  • treinar os demais colaboradores da empresa quanto ao tema.

Em resumo, em vez de essas atividades serem executadas por profissionais que não são experts no assunto, elas passam a ser realizadas por um especialista em ESG. 

Como resultado, a tendência é a companhia alcançar mais e melhores resultados sobre a prática.

Dica! Aproveite e leia também: "Fatores ESG: quais são e por que importam para sua empresa?"

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Por que se tornar especialista em ESG?

Uma reportagem da Forbes revelou que a demanda por especialistas em ESG está alta, mas a oferta de profissionais para atender à necessidade ainda é baixa

Por isso, um dos motivos pelos quais pode ser interessante entrar para essa área é justamente as oportunidades de trabalho que estão surgindo — inclusive, com salários altos.

Como comentamos logo na abertura deste artigo, cada vez mais as empresas devem alinhar suas atividades aos pilares socioambientais e de governança. 

Essa percepção se tornou fundamental para o crescimento de companhias de qualquer segmento, visto que clientes, investidores, parceiros de negócios, e outros agentes relacionados, esperam que as marcas atuem de acordo com essas diretrizes.

A pesquisa apresentada no site Valor Econômico, que já mencionamos aqui, destacou que os consumidores gostariam de adquirir mais itens produzidos de forma sustentável, ou que tenham o menor impacto ambiental possível.

O reflexo positivo nas comunidades locais também está sendo considerado pelas pessoas. Inclusive, nove em cada dez que participaram do levantamento acreditam que o consumo sustentável e consciente faz diferença para o meio ambiente e para a vida humana.

Tornar-se um especialista em ESG é uma maneira de contribuir para o atendimento dessas novas necessidades, exigências e expectativas, que estão em crescimento e, cada dia mais, precisam fazer parte das agendas corporativas.

Não deixe de ler este artigo: "Como fomentar a agenda ESG na sua empresa? Dicas de um especialista!"

Como iniciar uma carreira em ESG?

Ainda não existe uma formação específica para quem deseja se tornar um especialista em ESG. Isso quer dizer que não há uma faculdade ou graduação própria exigida para atuar na área.

Desse modo, quem almeja seguir a carreira, deve se aprofundar no assunto de outras maneiras, por exemplo, participando de cursos livres, palestras e seminários. 

Outro ponto é que — não que seja um requisito para se tornar um Gestor de ESG, ou um Head de ESG —  ter formação na área ambiental pode ser um diferencial no momento de pleitear a vaga, a exemplo de:

  • Ciências Biológicas;

  • Gestão Ambiental;

  • Engenharia Ambiental;

  • Agronomia. 

Somado a isso, algumas vivências que podem ser exigidas de quem pretende seguir carreira em ESG são:

  • experiência e afinidade com os pilares e boas práticas ESG;

  • comprovar, ao menos, bom domínio teórico sobre o tema;

  • mostrar olhar analítico, mas também humano para o conceito;

  • conhecer as leis, normas e diretrizes que fazem parte do tema.

Sobre o último tópico, este artigo pode ajudar: "ESG e compliance: em quais pontos esses conceitos se relacionam?"

Quanto ganha um gerente ESG e outros especialistas da área?

Um dos pontos que chama a atenção de quem deseja ser especialista em ESG é justamente os altos salários que estão sendo oferecidos. Em geral, as remunerações expressivas têm mais relação com a baixa oferta de mão de obra, do que com a especialização em si.

De acordo com o portal de vagas e salários Glassdoor, um Gerente de Sustentabilidade — cargo equivalente ao Gestor de ESG — tem média salarial mensal de quase R$ 18.700.

Porém, o mesmo site revelou que o salário para essa função pode chegar a R$ 24 mil, dependendo do nível de senioridade atribuído.

Já o site Vagas aponta que o Gerente de Sustentabilidade inicia a carreira com salário médio de R$ 10.312, podendo chegar a R$ 21.231. 

A média salarial paga para esse cargo no Brasil é de R$ 13.465, e a formação geralmente exigida é a graduação em Engenharia Ambiental.

Entre os especialistas em ESG com cargos C-level, como o que apresentaremos a seguir, podem ter remunerações entre R$ 30 mil e R$ 80 mil, dependendo do porte da empresa, segundo dados do "Estudo de Remuneração 2023 LATAM" da consultoria PageGroup.

O que é um Chief Sustainability Officer?

O Chief Sustainability Officer (CSO) é o cargo executivo responsável pela elaboração e implementação de estratégias socioambientais e de governança de uma empresa. Em português chamado de Diretor de Sustentabilidade, trata-se de um posto C-level que, comumente, responde ao CEO da companhia.

Uma das principais responsabilidades de um Chief Sustainability Officer é garantir que as atividades corporativas (diretas e indiretas) sejam realizadas de modo sustentável. Por isso, o foco da atuação desse especialista em ESG é:

  • encontrar meios de reduzir o impacto ambiental da cadeia produtiva do negócio;

  • fazer com que a dinâmica da empresa gere resultados positivos para a sociedade na qual está inserida;

  • promover a transparência de todas as práticas empresariais, especialmente as voltadas para questões ambientais, sociais e de governança

Não deixe de ler este artigo: "5 boas práticas de governança corporativa para implementar já!"

O que faz um Chief Sustainability Officer?

Na prática, a rotina de um Chief Sustainability Officer depende do segmento da empresa, do porte, do modelo de negócio e do objetivo que pretende alcançar. 

Todavia, em linhas gerais, as principais funções atribuídas a esse especialista em ESG são:

  • levantar, pesquisar e explorar novas possibilidades de melhoria para a agenda de sustentabilidade da companhia;

  • criar, planejar, implementar e gerenciar projetos de sustentabilidade;

  • definir, promover e manter uma cultura ESG na empresa;

  • estabelecer, acompanhar e monitorar métricas ambientais, sociais e de governança;

  • incorporar os pilares ESG nas metas, orçamentos e decisões estratégicas do negócio;

  • identificar falhas e pontos de melhoria voltados para questões socioambientais e de governança;

  • determinar e proporcionar treinamentos aos colaboradores sobre o tema;

  • estruturar um bom relacionamento com os stakeholders;

  • garantir a conformidade regulatória, por meio do estabelecimento de regras e políticas internas de sustentabilidade e ESG.

Quais são os tipos de Chief Sustainability Officer?

Segundo reportagem do portal Fortune, é possível classificar um CSO em quatro tipos distintos, de acordo com o foco de atuação desse profissional.

Desse modo, um Diretor de Sustentabilidade pode ser especialista em:

  • relações institucionais: tem como objetivo manter o bom relacionamento com stakeholders e órgãos governamentais, a partir do atendimento às leis e regulamentações; 

  • pessoas: o foco de atuação é a letra S da sigla ESG, isto é, a garantia do bem-estar das pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a companhia;

  • estratégia: o papel desse profissional é elaborar estratégias sustentáveis a partir do modelo de negócio da empresa;

  • negócios: o principal objetivo é garantir o bom uso dos recursos financeiros dentro da perspectiva e das práticas ESG.

Como se tornar um Chief Sustainability Officer? 

Para se tornar um Chief Sustainability Officer, comumente é necessário avançar na carreira, assim como acontece em outros cargos. Isto é, o profissional começa como um analista, passa para coordenador, gerente e, posteriormente, chega a diretor.

Entretanto, devido à falta de especialistas em ESG no mercado, essa trajetória pode não ser uma regra. 

Por isso, na prática, não é impossível chegar ao cargo sem passar por outras funções. Tudo depende da necessidade e da dinâmica da empresa contratante.

Porém, independentemente do fluxo, para se tornar um Chief Sustainability Officer é bem importante ter certas habilidades. As características vistas como essenciais para o cargo são:

  • pensamento estratégico e analítico;

  • espírito de liderança;

  • boa comunicação verbal e escrita;

  • compreensão técnica sobre o tema;

  • adaptabilidade a mudanças;

  • capacidade de negociação e de resolução de problemas;

  • bom gerenciamento de riscos;

  • capacidade de colaboração.

Confira também este artigo: "Chief Procurement Officer (CPO): quais as habilidades esperadas?"

Como a Linkana ajuda os especialistas em ESG?

É certo que um especialista em ESG não realizará todas as atividades e responsabilidades que citamos ao longo deste artigo sozinho. Tampouco executará as tarefas manualmente, concorda?

Por isso, uma das formas de se tornar um bom profissional na área é usando a tecnologia como uma aliada, a exemplo de softwares específicos para análise de riscos ESG de fornecedores, como o Linkana ESG Rating.

O Linkana ESG Rating é uma ferramenta que analisa automaticamente os riscos socioambientais e de governança que empresas fornecedoras podem trazer para a sua.

Os resultados apresentados ajudam nas tomadas de decisão e a proteger o negócio de ameaças inerentes a esse tipo de contratação.

Assista a este vídeo com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, e entenda melhor como funciona o Linkana ESG Rating.

https://youtu.be/T1DmQi-JmKQ

O que mais a Linkana oferece?

A Linkana é a primeira fundação de dados de fornecedores compartilhada do Brasil. Nossa base de dados de perfis universais de fornecedores permite que compradores analisem e homologuem potenciais parceiros comerciais em alguns cliques. 

Com isso, aceleramos radicalmente os processos de onboarding, de análise e de monitoramento de fornecedores — graças aos dados dos fornecedores já preenchidos por eles ou por outra empresa —, permitindo o uso de dados e insights compartilhados entre as maiores corporações do nosso país.

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