ESG
ESG: como tornar o conceito uma realidade no seu negócio?
Nos últimos tempos, as empresas têm percebido que construir um mundo corporativo mais sustentável fortalece suas reputações e traz bons resultados financeiros.
Esses são apenas alguns dos motivos que levaram ao aumento da adoção de boas práticas de ESG nos negócios, sigla que se refere à implementação de ações socioambientais e de governança nas companhias.
Quanto a esse comportamento, precisamos destacar que ele não gera impacto somente na visão do empreendedor, mas também na do consumidor.
De acordo com o apontado um levantamento feito pela consultoria Nielsen em 60 países, 66% das pessoas estão dispostas a pagar mais por produtos e serviços de companhias comprometidas com ESG.
O fato é que esse conceito pode ser considerado uma prática crescente e importante para as empresas. Entretanto, será que todos os gestores sabem o que é, qual o objetivo do ESG, como ele surgiu e, o mais importante, como aplicar em seus negócios?
Se você também tem essas dúvidas, siga a leitura deste artigo e obtenha as respostas para elas agora mesmo!
O que é ESG?
ESG é a sigla para os termos em inglês environmental, social and governance, que, traduzidos para o nosso idioma, querem dizer ambiental, social e governança.
O conceito alinha com as empresas formas de reduzir o impacto ambiental, buscar um mundo mais organizado, preservar os melhores processos de administração, além de ter grande utilidade para investimentos com critérios de sustentabilidade.
Isso porque os investidores também analisam aspectos ambientais, sociais e de governança, indo além dos índices financeiros.
Como surgiu o termo ESG?
A história da sigla ESG começou em 2004, quando Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, Organização das Nações Unidas, reuniu mais de 50 CEOs do mundo para participarem de uma iniciativa intitulada “Who Cares Wins” — "Ganha quem se importa", em português — iniciativa para integrar o ESG ao mercado de capitais.
O Brasil esteve presente na reunião que contou com 20 instituições financeiras de nove países diferentes.
Na época, a alegação era de que implementar práticas ambientais, sociais e de governança seria interessante para gerar um mercado mais sustentável que, consequentemente, melhoraria os resultados para a sociedade em geral, tornando-se também um ato de consciência ambiental.
Embora essa decisão virasse um ponto de reflexão, adotar práticas de ESG ainda é um processo lento e gradual. Por exemplo, temas como diversidade e relações de governança precisam ser mais bem trabalhadas para uma adoção mais ampla.
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Qual o conceito de ESG e o que contempla seus pilares?
O conceito environmental, social and governance tem a premissa de detalhar quanto uma empresa busca formas de minimizar seus impactos ao meio ambiente, mostrando-se preocupada com as pessoas e com boas práticas administrativas.
Logo, o ESG define se as operações adotadas por uma companhia são socialmente responsáveis, sustentáveis e adequadamente regidas.
Os três pilares do ESG
Para se posicionar melhor no mercado, algumas empresas recorrem a estruturas que orientam seus processos de relatório, apresentando os pontos que merecem atenção.
Com isso, existe o ESG Framework no qual, à medida que os investidores aprimoram seu foco nas métricas ambientais, sociais e de governança, os níveis de avaliação se intensificam.
Desse modo, a sigla ESG se fortalece no mercado. Por isso, é tão importante entender o que representam esses três pilares:
environmental ou ambiental: refere-se às práticas corporativas voltadas ao meio ambiente, por exemplo, redução de gás carbono, desmatamento, gestão de resíduos, entre outros;
social: representa a responsabilidade social e a interferência da empresa em prol da comunidade como respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, segurança no trabalho, proteção de dados e privacidade, investimento social privado, entre outros;
governance ou governança: está ligada às políticas de administração da empresa, como conduta corporativa, composição do conselho, práticas anticorrupção, importância de um canal de denúncias, auditorias, entre outras.
Dica! Aproveite e leia também este artigo: "Entenda a importância da governança ESG para a sua empresa"
Qual a importância do ESG?
A adoção de boas práticas ESG é importante por inúmeros motivos. Por exemplo, ajuda na conscientização quanto ao cuidado com o meio ambiente, especialmente na época que estamos vivendo, na qual o tema sustentabilidade está ganhando cada vez mais força.
Essa percepção aciona uma alavanca de entendimento aos países e organizações que demonstram real preocupação em participarem de discussões sobre a preservação da natureza, melhorias de condições de vida e produção no futuro.
Todavia, falar sobre o assunto ainda é bastante perturbador para os negócios, principalmente porque muitos se tornam alvo de críticas, visto que suas atividades principais ainda estão ligadas à destruição do biossistema.
Para reduzir esse impacto, diversas companhias realizam e/ou participam frequentemente de pesquisas e conferências que trazem uma visão mais positiva para suas marcas.
Somado a isso, ao identificar essas tendências, muitos investidores começam a dar importância para os critérios ESG e, em consequência, para o selo verde, certificação que destaca a responsabilidade ambiental das empresas.
Dessa forma, ao mesmo tempo em que a prática é executada, as organizações fortalecem suas imagens na sociedade e atraem mais consumidores. Em contrapartida, as que não se preocupam com o conceito tendem a perder mercado e se tornam alvo de polêmicas.
Em resumo, a adoção dos critérios ESG é fundamental para a valorização da pessoa jurídica, para o relacionamento com investidores e com outras empresas que seguem o mesmo conceito como perspectiva de futuro promissor.
Qual o reflexo do conceito ESG na gestão de fornecedores?
É fundamental você ter em mente que de nada adianta a sua empresa adotar boas práticas socioambientais e de governança se os parceiros comerciais que se relacionam com ela não seguem o mesmo princípio.
Os riscos ESG gerados pelos fornecedores, por exemplo, podem afetar desde a reputação da sua marca, passando pela ameaça de desabastecimento, até questões jurídicas e significativas perdas financeiras.
Para entender melhor quais podem ser esses impactos negativos, veja os exemplos:
riscos ambientais: incluem todas as atividades realizadas pelo fornecedor que causam danos ao meio ambiente, tais como desmatamento descontrolado, descarte irregular ou descumprimento de leis de proteção à natureza;
riscos sociais: englobam os efeitos prejudiciais à vida das pessoas, a exemplo do descumprimento de leis trabalhistas e desrespeito aos direitos humanos;
riscos de governança: são todas as ameaças que afetam a gestão da empresa fornecedora, sua reputação, transparência e credibilidade, como participação comprovada em práticas ilícitas, irresponsabilidade financeira e fiscal.
Como mitigar esses riscos?
Para mitigar os riscos socioambientais e de governança gerados pelos fornecedores, é fundamental realizar uma boa análise do cadastro das empresas que pretende trazer para a sua rede de abastecimento.
Começando pela confirmação da situação e status do CNPJ, é essencial verificar também:
documentos básicos obrigatórios, a exemplo de licenças e alvarás de funcionamento;
certificações e licenças ambientais, conforme as necessárias para o ramo de atividade;
certidões negativas de tributos federais;
cumprimento das leis trabalhistas;
possível registro de processos ambientais, civis ou criminais contra a empresa fornecedora.
É certo que fazer todo esse levantamento manualmente demanda tempo e aumenta as chances de erros. Principalmente companhias que têm uma rede de abastecimento robusta, realizar a atividade dessa maneira é inviável.
Por isso, a melhor forma de avaliar e qualificar fornecedores é com a ajuda da tecnologia. O sistema da Linkana, por exemplo, conta com uma funcionalidade específica para mensurar riscos ESG de fornecedores.
Veja o vídeo abaixo com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, e entenda como funciona o Linkana ESG Rating.
Como funciona e como investir em ESG?
O conceito ESG funciona a partir da implementação de práticas específicas para esses pilares.
Em outras palavras, significa que cabe à cada empresa identificar suas necessidades e pontos de melhoria no que se refere às questões socioambientais e de governança e, a partir daí, adotar as medidas necessárias para torná-las realidade no negócio.
No que se refere aos investimentos para essa área, eles podem vir de dois caminhos no mercado financeiro.
Do mesmo modo que a existência do conceito impulsiona empresas de capital aberto a se preocuparem com a sustentabilidade e os lucros que podem ser obtidos a partir da adoção dos critérios ESG, por outro lado, também se encaixa nos investimentos dos acionistas.
Apenas para você ter uma melhor visão quanto a isso, um levantamento da Forbes mostrou que mais de 500 fundos de índice estão direcionados à prática de sustentabilidade somente nos Estados Unidos, o que corresponde a mais de US$250 bilhões em ativos.
Isto é, as companhias podem utilizar recursos financeiros próprios ou buscar aportes de entidades interessadas em promover boas práticas ambientais, sociais e de governança pelo mundo.
Como verificar se uma empresa investe em ESG?
Para verificar se uma empresa investe em ESG, você deve verificar seus relatórios, tais como os anuais, de sustentabilidade e o Global Reporting Initiative (GRI).
Outro caminho é confirmar se a companhia é certificada com a ISO 14001, que é voltada para a gestão ambiental, e a SA8000, que comprova comprometimento com práticas de trabalho socialmente corretas e responsáveis, entre outras certificações relacionadas.
O que seriam práticas de ESG na cadeia de fornecimento?
Trazendo esse contexto para a gestão da cadeia de fornecimento do seu negócio, é possível entender que se trata da adoção de diversas medidas que têm, por objetivo, evitar que o fluxo gere problemas sociais, ambientais e/ou de governança.
No caso, é preciso considerar tanto a parte que é de responsabilidade da sua empresa quanto a parcela que cabe aos fornecedores.
Do lado da sua companhia, alguns exemplos de pontos que precisam ser trabalhos são:
preferir a compra de matérias-primas certificadas e/ou de fontes renováveis;
eliminar, ou diminuir o máximo que for possível, o uso de materiais com alto impacto ambiental, como alguns tipos de plástico e diversos produtos químicos;
otimizar rotas de entrega para reduzir a emissão de CO2 (logística sustentável);
rever o consumo de água e energia elétrica, buscando maneiras de reduzir esses gastos.
Na hora de escolher os fornecedores, é essencial verificar:
práticas adotadas pela empresa fornecedora e relatórios de desempenho ESG que comprovam os resultados;
cumprimento de todas as leis, normas e regulamentos socioambientais e de governança;
comportamento perante extração, consumo e distribuição de matéria-prima e insumos, dependendo do ramo de atividade;
condições de transporte e dinâmica logística, e quanto os modais utilizados e rotas utilizadas afetam a natureza e a sociedade;
entre outras avaliações relacionadas.
O que é necessário para uma empresa ser ESG?
Para um negócio ter esses três pilares como característica, é essencial que todas as suas atividades estejam devidamente alinhadas com boas práticas socioambientais e de governança.
Isso significa que é preciso comprovar que seus fluxos respeitam leis e normas voltadas para o cuidado com o meio ambiente, com as pessoas e que há comprometimento com a transparência e a ética na sua gestão.
Aqui, é importante destacar que esse compromisso e envolvimento deve ser contínuo e evolutivo, de modo que a empresa se ajuste às novas questões relacionadas ao tema conforme surgirem com o passar do tempo.
Como aplicar ESG na sua empresa?
Para incluir o ESG na sua empresa, vale seguir as seguintes etapas de aplicação:
criação do conselho de ESG: criar a comunidade pode preservar as estratégias na sua empresa, além de fortalecer valores como transparência e equidade;
definição de estratégia: é fundamental que, durante a fase de planejamento, toda a equipe esteja ciente sobre as práticas e políticas ESG impostas;
estruturação de análise de dados: utilizar a tecnologia a seu favor é a melhor alternativa para incluir a prática de ESG. Invista em Big Data e automação para processar os dados e gerar insights relevantes;
alinhamento: as empresas que usam a estratégia ESG devem estar cientes de que os resultados aparecem em longo prazo. Portanto, é importante adotar medidas para monitorar o desempenho e aprimorar ações que otimizem a performance nos indicadores.
O que são políticas ESG?
As políticas ESG são regras determinadas pelas empresas para implementar os princípios, critérios e práticas ESG em sua cultura. Logo, essas políticas dependem da missão, dos valores e objetivos da organização.
De modo geral, as companhias formalizam um manual com as políticas incorporadas. Comumente, as principais são:
objetivo;
âmbito de aplicação (deixar claro para quem se aplicam as normas ESG);
considerações gerais;
vínculos (inclui metodologias e referências de mercado);
conceitos;
pilares estratégicos (propósitos e valores);
diretrizes.
Quais são as vantagens de adotar as práticas ESG?
Inserir as estratégias ESG na rotina, certamente, traz muitos benefícios financeiros e comportamentais para sua empresa.
Entre as principais vantagens, o conceito:
valoriza a imagem institucional;
aumenta a confiança dos investidores;
gera envolvimento e fidelização de clientes;
fortalece a gestão de riscos ESG;
desenvolve uma gestão melhor planejada;
atrai profissionais mais qualificados;
melhora os resultados financeiros.
Como medir os padrões ESG?
Os padrões ESG são medidos a partir dos indicadores ESG de desempenho. Nesse caso, são os pilares ambiental, social e de governança.
environmental (ambiental): confere a atuação da empresa em relação às questões ambientais e de qualidade da empresa;
social: o indicador analisa os direitos humanos, passando pelas ações de saúde e segurança dos colaboradores, até a preocupação com os clientes e a sociedade;
governance (governança empresarial): pondera as políticas adotadas pela empresa, bem como os direitos dos acionistas, ética, transparência e de combate à corrupção.
Extra! Confira o bate-papo de Leo Cavalcanti, CEO da Linkana, com Renan Rosauro, Head de Procurement da BASF, que compartilha seus desafios de sourcing, risco e sustentabilidade na cadeia de fornecedores no Episódio #1 do podcast Procurement Hero.
Como mensurar o desempenho ESG de fornecedores?
Por mais que no momento da contratação o fornecedor tenha atendido todos os critérios socioambientais e de governança estabelecidos pela sua empresa, é essencial verificar se ao longo da parceria o comportamento continua.
Esse cuidado é importante porque, durante a validade do contrato, alguma certificação ou licença pode vencer, ou mesmo a empresa fornecedora pode se envolver em alguma prática ilícita, diretamente ou não.
Uma boa maneira de fazer esse acompanhamento é por meio dos ratings ESG. Trata-se de avaliações que mensuram o nível de aderência de um negócio a esses três pilares. Isto é, quanto a dinâmica diária da empresa inclui medidas de proteção à natureza, às pessoas e à transparência administrativa.
Esses parâmetros são calculados por agências especializadas, tais como a EcoVadis, a MSCI e a Sustainalytics. Elas verificam como está o comportamento da companhia perante esses critérios, o que falta ser adotado, e o impacto que suas atividades causam.
Caso não seja viável para a sua empresa contratar esse tipo de análise, outra forma mensurar o desempenho environmental, social and governance dos seus fornecedores é por meio de indicadores ESG.
Alguns bons exemplos são:
Índice de Carbono Eficiente — ICO2 (B3);
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3);
IGC-T (Índice de Governança Corporativa Trade);
S&P/B3 Brasil ESG.
Veja detalhes de cada um deles e como fazer essa avaliação de forma simples, prática e precisa no nosso artigo: "Indicadores de ESG: o que são e por que são importantes?"
Quais soluções a Linkana oferece para aplicar a estratégia ESG?
Para começar a adotar o ESG, é preciso recorrer a ferramentas que potencializam a elaboração e a implementação de práticas sustentáveis. Nesse sentido, a Linkana pode ajudá-lo a potencializar os temas em sua cadeia de fornecimento.
O software da Linkana ajuda a identificar e dar mais oportunidades para fornecedores que fazem parte do chamado grupo minoritário, tais como negros, mulheres, indígenas e LGBTQIAP+.
Contar com fornecedores diversos e de economia inclusiva melhora a reputação de qualquer marca, bem como apoia a expansão e o crescimento de negócios historicamente economicamente desfavorecidos.
Para você entender melhor a importância da Linkana em práticas ESG, ela foi uma das 20 startups brasileiras escolhidas que participaram do programa “Aceleradora 100+” da Ambev, cujo objetivo era impulsionar empreendimentos que impactam positivamente o meio ambiente e a sociedade.
A Linkana foi selecionada para a categoria ecossistema empreendedor, que tem como temáticas:
valorização de produtos gerados no processo de produção da cerveja;
rastreabilidade da cadeia produtiva e fornecimento responsável;
incentivo a cadeias produtivas locais e regionais;
diversidade e inclusão na cadeia produtiva (foco da Linkana).
Veja abaixo as soluções que a Linkana oferece para ajudar na análise socioambiental e de governança dos seus fornecedores.
Linkana ESG Rating
O Linkana ESG Rating é uma ferramenta de análise de risco dos indicadores ambientais ESG.
Por meio de pontuações atribuídas aos documentos e informações apresentadas, a funcionalidade revela quais riscos relacionados a esses critérios um potencial fornecedor apresenta para a sua empresa.
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