ESG
Escopos 1, 2 e 3: o que são e como afetam sua empresa?
Os escopos 1, 2 e 3 são classificações de emissão de gases de efeito estufa (GEE), definidas pelo GHG Protocol, um padrão global de mensuração de gases desse tipo.
Os escopos são direcionados a companhias que emitem GEE, sendo medidos de acordo com os níveis de lançamento, que podem ser diretos ou indiretos.
A classificação foi uma das maneiras encontradas para impulsionar empresas de todo o mundo a adotarem medidas de enfrentamento às mudanças climáticas, a partir da redução da emissão de gases que intensificam o aquecimento global.
Todavia, é bem importante que o controle não seja feito apenas dentro da organização. Um dos motivos pelos quais deve-se mensurar a emissão de gases de efeito estufa é a possibilidade de gerar mais valor à cadeia de relacionamento.
Companhias que emitem relatórios sobre escopos 1, 2 e 3 têm a chance de influenciar o comportamento de seus parceiros de negócio. Com isso, ampliam o conhecimento sobre o tema e incentivam a adoção de medidas de redução de impactos climáticos.
A prática também pode ser aplicada à formação da rede de abastecimento — por exemplo, quando a empresa tem o cuidado de contratar apenas fornecedores alinhados a boas práticas ambientais.
Nesse caso, a postura ajuda a mitigar uma série de riscos, bem como a elevar a transparência, a credibilidade e a confiabilidade da marca.
Quer conhecer outros benefícios dos escopos 1,2 e 3 e sua importância? Basta seguir a leitura deste artigo.
O que são escopos 1, 2 e 3?
Os escopos 1, 2 e 3 são padronizações de mensuração de gases de efeito estufa definidos no GHG Protocol. Um de seus principais objetivos é estimular companhias de todo o mundo a adotarem medidas para a descarbonização de suas atividades, para que a conduta ajude a combater as mudanças climáticas.
Para tanto, o primeiro passo é identificar quanto está sendo emitido de GEE e em quais etapas produtivas o processo acontece. Porém, também é importante que a avaliação seja feita de forma organizada e padronizada, a fim de facilitar a divulgação e a compreensão dos resultados.
Justamente para chegar à padronização, foi criado o Programa Brasileiro GHG Protocol, em 2008, que adaptou o GHG Protocol ao contexto do nosso país.
O que é o Programa Brasileiro GHG Protocol?
O Programa Brasileiro GHG Protocol foi desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces) e o World Resources Institute (WRI), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o World Business Council for Sustainable Development (WBSCD) e mais 27 empresas fundadoras.
Dentre seus objetivos, podemos destacar:
incentivar as empresas brasileiras a gerarem relatórios de emissões de GEE, estimulando também a criação de uma agenda de combate às mudanças climáticas;
viabilizar o acesso a padrões e instrumentos de contabilização das emissões e publicação de resultados com níveis de qualidade internacional.
Aqui, vale pontuar que o Programa Brasileiro GHG Protocol conta com uma plataforma denominada "Registro Público de Emissões", que auxilia a publicação dos inventários GEE dos participantes do programa.
Empresas como Nivea, Banco Votorantim e Comgás — parceiras da Linkana — publicam seus relatórios na plataforma.
Como se dividem os escopos 1, 2 e 3?
Os escopos 1, 2 e 3 se dividem da seguinte maneira:
abrange a propagação de gases de efeito estufa decorrente das atividades realizadas e controladas pela empresa;
diz respeito à difusão indireta de GEE, provenientes de geração de vapor, eletricidade, resfriamento ou aquecimento pela companhia;
inclui todas as propagações de gases de efeito estufa não incluídas no escopo 2, mas que fazem parte da cadeia de valor da organização, ainda que antes ou depois das atividades corporativas que realiza.
As empresas participantes do GHG Protocol são obrigadas a emitir os escopos 1 e 2. O escopo 3 é voluntário, por conta da dificuldade de mensurar a emissão de gases de efeito estufa de terceiros e parceiros de negócio.
Dica de leitura: "Certificações ambientais de fornecedores: por que e como verificar?"
Por que medir emissões de gases de efeito estufa?
Ao medir a emissão de gases de efeito estufa, os gestores têm a chance de identificar pontos de melhoria nas atividades da companhia e, com isso, adotar medidas para gerar menos impacto ao meio ambiente.
Tal postura, por sua vez, ajuda a minimizar as mudanças climáticas — a exemplo do aquecimento global — bem como a alinhar a companhia a boas práticas ESG.
Somado a isso, contribui para a adequação do fluxo operacional aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Organização das Nações Unidas, como o ODS 13, que consiste na adoção de ações contra a mudança global do clima.
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Quais os benefícios dos relatórios de escopos 1, 2 e 3?
Entre as vantagens de emitir relatórios no padrão dos escopos 1, 2 e 3, as que mais se destacam são:
aumento da transparência e do nível de confiança e credibilidade entregue pela marca aos stakeholders;
possibilidade de mensurar a maturidade climática dos envolvidos na cadeia de valor da companhia e, com isso, identificar melhor os pontos fortes e fracos;
melhor compreensão dos riscos climáticos sofridos e provocados, decorrentes das atividades corporativas;
aumento do engajamento de clientes internos e externos quanto às medidas de mitigação de impacto ambiental adotadas pela companhia;
chance de trazer para a cadeia de abastecimento apenas fornecedores alinhados a boas práticas ESG e à redução de gases de efeito estufa.
Como saber se seus fornecedores se preocupam com questões ambientais?
Como comentamos, o Programa Brasileiro GHG Protocol conta com uma plataforma na qual é possível consultar relatórios de emissão de várias empresas brasileiras. Porém, nem todas fazem parte do programa, ou geram esse tipo de documento.
Então, como saber se um fornecedor que já está na sua base (ou que pretende contratar) está alinhado com boas práticas ambientais? Uma forma de ter a resposta é usando sistemas como o Linkana ESG Rating.
O Linkana ESG Rating é uma solução de classificação automática que avalia os riscos ambientais, sociais e de governança de um fornecedor a partir de informações relativas ao CNPJ analisado.
A ferramenta ajuda nas suas tomadas de decisão, pois aponta eventuais riscos operacionais e reputacionais que a relação com a empresa fornecedora pode trazer para a sua.
Neste vídeo, com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, você entende melhor como funciona o Linkana ESG Rating. Confira!
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