Compliance

Due diligence de fornecedores: por que adotar essa prática?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

21 de agosto de 2024

21 de agosto de 2024

21 de agosto de 2024

Due diligence de fornecedores — que pode ser traduzido como diligência prévia ou diligência devida — é uma investigação que tem por objetivo levantar e avaliar todos os futuros riscos que podem afetar para a empresa contratante se essa parceria comercial for efetivada.

Antes de qualquer companhia fechar um contrato, ou realizar um investimento em um fornecedor, existem alguns cuidados que devem ser tomados para o negócio não ser prejudicado de maneira financeira, reputacional ou pela qualidade do produto ou serviço adquirido.

Uma dessas análises, que deve ser feita para obter mais detalhes da viabilidade do negócio e os riscos e oportunidades dessa transação, é conhecida como due diligence de fornecedores.

Por isso, preparamos um texto que oferece uma visão completa desse processo, explicando desde o que é due diligence de fornecedores até como fazer uma auditoria due diligence. Continue a leitura para entender a importância dessa análise.

O que é e quais tipos de due diligence existem?

Due diligence é um processo de investigação e análise aprofundadas sobre os riscos potenciais a uma empresa. Essa atividade inclui a verificação de questões financeiras, legais, socioeconômicas, ambientais, entre várias outras que podem gerar ameaça para o fluxo operacional, credibilidade, crescimento e sucesso do negócio.

A diligência prévia, como também pode ser chamada, pode ser realizada em momentos como:

  • aquisição, fusão ou venda da companhia;

  • financiamentos;

  • investimentos;

  • formação de parcerias estratégicas;

  • contratação de fornecedores.

Existem diversos tipos de due diligence que podem ser realizados. Alguns exemplos são:

  • financeira;

  • legal;

  • societária;

  • operacional;

  • ambiental;

  • tecnológica;

  • comercial;

  • de recursos humanos.

Sobre esse assunto, leia o artigo: "Due diligence de ESG: qual a importância e como fazer?"

Qual a diferença entre background check e due diligence?

Embora comumente tratem background check e due diligence como processos semelhantes, essas práticas são distintas, e suas duas principais diferenças estão no escopo e na finalidade.

O background check, também chamado de verificação de antecedentes, é uma análise do histórico de uma pessoa física ou de uma pessoa jurídica.

O objetivo é obter informação para embasar tomadas de decisão como:

  • contratação de funcionários;

  • concessão de crédito;

  • aquisição e fusão;

  • fechamento de parcerias comerciais.

Já a due diligence, como comentamos, também pode ser aplicada nesses casos. Entretanto, é um processo mais complexo e aprofundado de investigação, e focado exclusivamente em empresas. 

Por esse motivo, a diligência prévia engloba análises financeiras, jurídicas, reputacionais, de compliance, entre outras relacionadas.

Entenda mais sobre a verificação de antecedentes no artigo: "O que é background check? Por que é importante para sua empresa?"

O que é due diligence de fornecedores?

O due diligence de fornecedores é uma prática voltada especificamente para a investigação desse grupo de parceiros comerciais. O objetivo é levantar e avaliar, antes mesmo da contratação, todos os possíveis riscos que essa relação pode gerar para a empresa contratante.

Muitas companhias acabam deixando essa etapa de lado por causa da burocracia necessária, mas não se engane: essa atividade é um dos pilares no sistema de compliance

A recomendação, inclusive, é que esse processo já esteja estruturado para facilitar e agilizar o due diligence antes do surgimento de uma nova relação comercial.

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Qual a importância da due diligence de fornecedores?

Além de entender o que é due diligence, é fundamental compreender a importância dessa etapa no processo de contratação de fornecedores. 

Esse tipo de auditoria aponta quais são as principais zonas de incerteza sobre o investigado, ajudando a minimizar riscos a partir da identificação de possíveis oportunidades de proteger a sua empresa dessas possíveis ameaças.

Ao falar de fornecedores, devemos pensar, por exemplo, se esse possível parceiro comete atos ilegais para obter vantagens indevidas, e o prejuízo que essa atitude causará ao seu negócio ou aos seus clientes.

Então, imagine que as autoridades estão investigando a empresa fornecedora que você pretende contratar para abastecer a sua, por conta de uma denúncia de trabalho infantil. Essa prática, além de ser ilegal, causa extremo desconforto e desentendimento com os stakeholders.

Logo, se trouxer esse fornecedor para a sua base, certamente, também terá problemas com seus clientes, funcionários, investidores, e outros agentes que participam, direta ou indiretamente, do seu fluxo comercial.

Sem um processo de diligência prévia de fornecedores, é quase impossível saber dessa situação — a não ser que tenha sido muito exposta na mídia. Por isso, essa atividade é tão importante.

No vídeo abaixo, da Petrobras, um especialista fala sobre a relevância do processo de due diligence e os resultados. Confira e entenda melhor o impacto:

Quais as principais áreas de due diligence de fornecedores?

Quando o foco é due diligence de fornecedores, é importante lembrar que esse é um processo complexo que pode abranger várias áreas, para que o processo de decisão de investimento seja embasado na maior quantidade possível de informações.

Apesar de existirem processos de due diligence mais comuns, tais como o financeiro, trabalhista e legal, é importante avaliar outras áreas que também podem trazer riscos para sua empresa. 

Alguns tipos de avaliação que estão cada vez mais em evidência são, por exemplo, o ambiental e de anticorrupção, decorrente de novas leis implementadas.

Assim, algumas das principais áreas que podem ser investigadas são:

  • contábil e financeira;

  • tributária, trabalhista e previdenciária;

  • legal;

  • ambiental;

  • tecnologia da informação;

  • anticorrupção.

Veja, agora, detalhes de cada uma.

Contábil e financeira

No âmbito contábil e financeiro, devem ser analisados documentos e demonstrações financeiras, assim como revisar toda a situação contábil do fornecedor. 

É relevante também verificar se existem possíveis riscos ou oportunidades, bem como analisar a qualidade dos resultados e dos ativos.

Tributária, trabalhista e previdenciária

Neste tipo de diligência prévia de fornecedores, é importante realizar uma análise da manutenção dos registros fiscais e identificação de contingências não declaradas, além de confirmar se a empresa fornecedora está com os impostos das esferas Municipal, Estadual e Federal em dia. 

Também é recomendado verificar questões de contribuições sociais e pagamentos de salários. 

Legal

A atenção neste caso é para possíveis processos judiciais e administrativos, certidões das respectivas áreas de atuação do fornecedor e contratos com obrigações a vencer.

Ambiental

Ao fazer a auditoria de due diligence, busque saber se o fornecedor está cumprindo as normas ambientais e se ele oferece algum risco ambiental, assim como ter uma estimativa de custos de remediação.

Confira no artigo "Linkana ESG Rating: o que é e como funciona essa ferramenta?" como fazer essa verificação de maneira fácil, rápida e totalmente automatizada! 

Tecnologia da Informação

Qual é o desempenho atual da área de TI? Quais ferramentas o fornecedor utiliza para proteger dados sigilosos? Quais são os possíveis investimentos que precisará em longo prazo? 

Essas são informações que o seu time de compras e procurement precisa ter ao realizar uma avaliação para evitar surpresas ruins no decorrer do contrato.

Anticorrupção

Não é segredo para ninguém que, por mais que não deva ser praticada, a corrupção é algo quase que corriqueiro no Brasil. 

Para evitar que sua empresa acabe se envolvendo em um esquema de corrupção — isto é, seja relacionada indiretamente a algo ilegal, é essencial entender as transações e práticas de negócios que têm potencial de corrupção. 

Também é válido saber quais são os controles que devem ser implementados para reduzir esse tipo de risco. 

Como é realizada uma auditoria due diligence?

O processo de diligência pode ser resumido em três grandes momentos: motivação, prática e resultado. Conheça abaixo um pouco de cada uma dessas etapas.

Motivação

Antes de qualquer coisa, é realizada uma observação inicial para preparar o fornecedor para o processo de due diligence. Nesse momento, o consultor poderá conhecer o negócio, sua rotina e cultura e, então, definir a estratégia que utilizará para colher o maior número de informações. 

Prática

Este é o momento de "arregaçar as mangas". Tendo definido as áreas nas quais é relevante realizar o due diligence, o profissional responsável por essa atividade solicitará uma série de documentos sobre o fornecedor.

Com o máximo de informações possíveis, incluindo dados obtidos em órgãos públicos municipais, estaduais e federais, ele poderá avaliar a situação do negócio. 

Por ter acesso a um número alto de informações, muitas vezes confidenciais, não se esqueça de firmar um contrato de confidencialidade para não vazar nenhum tipo de dado da empresa fornecedora. 

Após analisar todo o conteúdo colhido, um relatório com todos os pontos negativos e positivos do fornecedor será montado para a empresa que está interessada em contratar os serviços ou oferta de insumos. 

Nessa avaliação também serão informadas situações de risco e possíveis investimentos que podem ser realizados, tudo voltado para melhorar a companhia contratante.

Resultado

Com os resultados em mãos, os responsáveis pela contratação se sentirão mais aptos a tomar a melhor decisão possível, seja fechar a parceria, definir correções ou até mesmo cancelar a operação.

Como fazer due diligence de fornecedores?

Para fazer due diligence de fornecedores, o passo a passo mais indicado a ser seguido é:

  1. defina os objetivos da diligência prévia: por exemplo, verificar a conformidade legal, a capacidade financeira, ou a reputação desse possível parceiro comercial;

  2. colete as informações necessárias: considerando que já tem o alvo da sua investigação, levante toda documentação e dados para realizar o tipo de due diligence escolhido, como relatórios financeiros, certificações, licenças, entre outros;

  3. faça visitas e entrevistas: dependendo do cenário, e do que está sendo analisado, pode ser interessante visitar a empresa fornecedora e, até mesmo, conversar com funcionários e outros parceiros de negócio;

  4. avalie os riscos: mapeie tudo o que foi identificado e mensure o nível de risco que a sua empresa pode ter que enfrentar se seguir com a contratação, a fim de verificar se vale a pena assumi-lo, ou se é melhor buscar outro fornecedor;

  5. monte o relatório final: com todas as percepções, dados, informações, conclusões e recomendações, e use esse documento para embasar a tomada de decisão.

Aproveite e leia também: "Checklist de due diligence de fornecedores: dicas para um processo de análise mais completo"

Como aprimorar toda a gestão de fornecedores do seu negócio?

Como você pôde ver, a due diligence de fornecedores é uma etapa extremamente importante na busca por compliance. Porém, é apenas uma das diversas atividades que compõem uma boa gestão de empresas fornecedoras.

Usar a tecnologia em todas as fases desse processo é uma das melhores maneiras de torná-lo muito mais preciso, otimizado, pontual e completo.

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Veja neste vídeo, com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, o que é um SRM.

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