Compliance

TCFD: o que é e como funciona esse enquadramento financeiro?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

4 de outubro de 2023

4 de outubro de 2023

4 de outubro de 2023

TCFD é a sigla para Task Force on Climate-related Financial Disclosures, iniciativa de abrangência global que tem por objetivo melhorar a transparência das divulgações empresariais sobre informações financeiras voltadas para o clima.

Explicando de outro modo, consiste em um regulamento que ajuda as companhias a identificar os riscos financeiros. 

A partir desse conhecimento, os gestores têm a chance de gerenciar essas ameaças de forma mais adequada, encontrando oportunidades relacionadas às mudanças climáticas e formas de reduzir o impacto que as atividades corporativas causam ao meio ambiente.

Por promover a transparência financeira, o enquadramento TCFD também ajuda a aumentar o interesse dos investidores, especialmente daqueles que baseiam suas decisões nas práticas sustentáveis apresentadas pelas empresas.

Como você deve estar imaginando, esse conceito tem relação direta com as boas práticas ESG, as quais são cada dia mais importantes para o crescimento de qualquer negócio, independentemente do porte ou segmento.

Devido a essa importância, siga a leitura deste artigo e confira agora, em detalhes, o que é Task Force on Climate-related Financial Disclosures, quais as recomendações dessa iniciativa e os benefícios que podem ser obtidos, entre outras informações sobre esse tema.

O que é TCFD?

TCFD é uma iniciativa global focada no mercado financeiro empresarial, que visa aprimorar a transparência na divulgação de informações financeiras vinculadas ao clima. A sigla em questão se refere ao Task Force on Climate-related Financial Disclosures, órgão criado em 2015 pelo Conselho de Estabilidade Financeira, Financial Stability Board (FSB).

O FSB é a entidade responsável pela coordenação internacional da atuação de autoridades financeiras e organismos internacionais de normatização, supervisão e desenvolvimento de políticas regulatórias.

A ideia por trás da criação da TCFD é dar às organizações de todo o mundo diretrizes e parâmetros claros de como devem divulgar as informações financeiras de seus negócios que têm ligação com medidas climáticas. 

As companhias que adotam os parâmetros da Task Force on Climate-related Financial Disclosures dão aos investidores, parceiros de negócio, clientes e demais agentes relacionados às suas atividades a chance de avaliar suas condutas frente aos bons comportamentos ambientais.

Além disso, as próprias organizações têm a oportunidade de identificar oportunidades e riscos relacionados às mudanças climáticas que podem influenciar seus processos e, dessa forma, realizar gerenciamentos mais assertivos.

Em suma, a proposta da Task Force on Climate-related Financial Disclosures está diretamente relacionada à adoção de boas práticas ESG.

Dica! Aproveite e leia também: "Entenda os indicadores ESG e porque você deve aplicar boas práticas em sua empresa"

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Quais são os principais benefícios da TCFD?

São vários os benefícios da TCFD para as empresas que aderem a esse enquadramento. Entre os principais, estão:

  • aumento da transparência e da qualidade das informações financeiras relativas ao clima;

  • chance de aprimorar as tomadas de decisão e realizar investimentos mais sustentáveis e responsáveis, ambientalmente falando;

  • melhora no gerenciamento de riscos ambientais e na identificação de oportunidades pertinentes a esse contexto;

  • aprimoramento do relacionamento com investidores, clientes, parceiros de negócios, fornecedores e outros agentes, decorrente da transparência das informações passadas;

  • aumento do nível de confiança dos stakeholders e consolidação da reputação da marca;

  • possibilidade de acessar financiamentos sustentáveis;

  • contribuição para o alcance dos objetivos globais voltados para a proteção do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas.

Este artigo também ajudará você: "Entenda a importância do reconhecimento de riscos ambientais e como adotar esse processo na sua empresa"

Quais são as recomendações da TCFD?

Para as empresas que querem adotar seus parâmetros de transparência financeira, as principais recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures são divididas em quatro áreas:

  • governança;

  • estratégia;

  • gestão de riscos;

  • métricas e objetivos.

Governança

É recomendado às companhias descrever qual será o papel e a participação da alta direção e do conselho de administração no enquadramento, bem como o engajamento desses agentes na supervisão dos riscos financeiros e na identificação de oportunidades relacionadas ao clima.

Estratégia

A parte estratégica vem com a recomendação de descrever oportunidades e riscos climáticos que podem afetar os processos empresariais e quais podem ser os impactos.

Também devem ser relatados como diferentes cenários podem impactar a dinâmica de funcionamento do negócio e, ainda, qual o planejamento financeiro da empresa quanto a isso.

Gestão de riscos

Quanto à gestão de riscos, as orientações contemplam descrever o processo de identificação de ameaças climáticas para a companhia em um contexto geral. 

Somado a isso, deve-se explicar como a empresa enxerga o nível dessas ameaças, a probabilidade de acontecer e afetar o negócio e quais ações serão tomadas para gerenciá-las e mitigá-las.

Métricas e objetivos

Já as recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures quanto às métricas e aos objetivos incluem:

  • relatar os objetivos que servirão como base para mensurar o desempenho do negócio no que se refere às questões climáticas;

  • apresentar as métricas que serão utilizadas para avaliações de riscos e oportunidades;

  • divulgar dados sobre a emissão de gases de efeito estufa e riscos associados;

  • apresentar os resultados obtidos frente aos objetivos definidos.

O que mais sua empresa pode fazer para se adequar a princípios como esse?

A adoção ao enquadramento Task Force on Climate-related Financial Disclosures não é uma prática obrigatória. Todavia, é bem-vista por investidores, consumidores, parceiros de negócio e outros agentes que têm algum vínculo com a empresa.

Entretanto, é preciso ter em mente que, para alcançar essa boa conceituação perante os stakeholders, todos os processos da companhia devem seguir o mesmo princípio e os critérios ESG.

Por exemplo, os fornecedores que compõem sua cadeia de abastecimento precisam estar alinhados a essa prática. Do contrário, essa parceria pode aumentar os riscos ambientais, reputacionais, financeiros e jurídicos, entre outros.

Uma forma de saber se seus fornecedores realizam processos baseados nos conceitos socioambientais e de governança é fazendo uma avaliação pontual de suas performances, além de dados, informações e documentos.

Neste ponto, a Linkana pode ajudar você com o Linkana ESG Exposure Index, ferramenta que determina o nível de exposição a riscos ESG que uma empresa oferece, junto às eventuais licenças obrigatórias e certificações desejáveis para a execução das atividades econômicas.

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