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Índice ESG: entenda o conceito e o impacto na gestão empresarial

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

23 de março de 2023

23 de março de 2023

23 de março de 2023

Entender o que é índice ESG é fundamental para o sucesso e crescimento de qualquer empresa. Afinal, trata-se de um parâmetro utilizado para qualificar as ações das empresas nas questões de conformidade e preservação do meio ambiente, sociedade e práticas anticorrupção.

Um dos objetivos do índice ESG é possibilitar que investidores formem carteiras de aplicações em empresas realmente preocupadas e atuantes no exercício de suas responsabilidades para com a legislação, meio ambiente e sociedade.

Fazer essa seleção também gera outro reflexo, que é o incentivo para que a gestão empresarial busque otimizar as suas ações em áreas, como sustentabilidade, compliance social e ética. 

A ideia é tornar mais positiva a imagem da empresa perante a sociedade, atrair investimentos e atender as expectativas de acionistas.

As ações voltadas para ESG são tão importantes para os investidores que dados da EY Global Institutional Investor Survey, divulgados em uma matéria da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, Aberje, revelaram que 90% dos entrevistados afirmam que analisam esse tipo de desempenho ao elaborarem suas estratégias de investimento.

Essa estruturação se tornou algo de extrema relevância não apenas para investidores, mas também para os consumidores. 

Uma prova disso vem de uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a qual revelou que 38% dos brasileiros procuram descobrir se o produto que desejam comprar foi produzido de forma ecologicamente certa

Ou seja, os resultados ESG de uma empresa afetam o relacionamento com todos os seus stakeholders. 

Para facilitar a compreensão sobre esse conceito, criamos este guia básico de índices ESG, que mostrará como essa tendência já se faz presente no Brasil e no mundo, servindo para aumentar a rentabilidade das empresas com base no impacto positivo que elas são capazes de gerar.

Siga a leitura deste artigo e confira, agora, tudo sobre esse tema!

O que são índices ESG?

ESG é a sigla para o termo em inglês Environmental, Social and Governance, que na tradução para o português significa Ambiental, Social e Governança. Dessa forma, os Índices ESG são parâmetros que mensuram o nível de envolvimento, comprometimento e atuação de uma empresa em relação às ações socioambientais e de governança.

Explicando de outra maneira, é possível dizer que se tratam de métricas que apontam, por exemplo, quanto uma empresa investe em práticas ESG e quais resultados traz para si e para o ecossistema afetado direta ou indiretamente por suas atividades.

Esses indicadores já são amplamente usados ao redor do mundo, e têm ganhado cada vez mais força aqui no Brasil devido a sua importância. 

Apenas para você ter uma ideia, alguns dos indicadores ESG globais mais utilizados são:

  • MSCI ESG Indexes: índice projetado para representar o desempenho das abordagens de investimento ESG, contribuindo para investidores avaliarem a performance das empresas nesse quesito;

  • S&P 500 ESG Index: mensura o desempenho de títulos de investimento quanto ao atendimento de critérios de sustentabilidade;

  • Dow Jones ESG Index: indicador que contempla apenas líderes globais em sustentabilidade identificados pela S&P Global por meio da Avaliação de Sustentabilidade Corporativa;

  • Refinitiv ESG Index: conjunto de indicadores ESG que têm por objetivo fornecer benchmark para as empresas no que se refere a ações de responsabilidade social corporativa.

O que torna os índices ESG tão relevantes?

Os índices ESG são tão relevantes porque empresas que seguem as boas práticas de compliance e governança corporativa se tornam mais confiáveis para investidores e em processos de qualificação de fornecedores, por apresentar um menor risco de corrupção e outras inconformidades.

No entanto, ações como o compliance ambiental e o compliance social ganham destaque, impulsionados por leis de proteção ambiental e direitos civis em países desenvolvidos. Dessa forma, os investidores procuram nos índices ESG as opções mais promissoras para suas aplicações.

Isso significa que esses comportamentos respeitam os ideais de governança corporativa representam o mínimo a ser feito. Ou seja, fazem parte das obrigações mais básicas para qualquer companhia séria que deseja crescer em longo prazo.

Para obter uma posição de destaque, é necessário adotar práticas que envolvam os outros elementos do ESG. 

Por meio de indicadores ambientais, investidores podem encontrar empreendimentos mais sustentáveis, que agem de maneira responsável quanto ao ecossistema ao seu redor e também em relação ao uso e dependência de recursos naturais.

No caso das métricas sociais, questões relacionadas aos direitos humanos, normas trabalhistas, exposição ao público e desenvolvimento das comunidades na região onde a empresa atua, servem para sinalizar aos investidores que a empresa estimula o progresso da sociedade e aumenta a qualidade de vida de quem se relaciona direta e indiretamente com ela.

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Indicadores ESG podem superar os indicadores tradicionais

Segundo apontamentos da MSCI Inc., um dos principais provedores de índices para ações, os indicadores ESG devem superar os indicadores tradicionais, ao menos é essa a expectativa. 

Em longo prazo, o desempenho de empresas que adotam práticas mais sustentáveis tende a ser mais interessantes e atrair mais dinheiro

Apenas para embasar essa constatação, vale destacar que as aplicações em ações envolvendo práticas sustentáveis ou ecologicamente corretas movimentaram cerca de US$ 30,7 trilhões somente em 2018.

No mesmo ano, 85% das empresas listadas no índice S&P 500, elaborado pela Bolsa de Nova Iorque, apresentavam algum relatório ESG. 

Por fim, relatórios da ONU apontam que em 2019, os ativos sustentáveis contavam com aplicações em torno de US$ 86 trilhões, duas vezes mais do que era investido segundo o relatório de 2014.

Índices ESG no Brasil

O Brasil segue no encalço das práticas em alta no mercado internacional. Como as empresas estão cada vez mais globalizadas, essa é uma demanda que deve ser acelerada. Ainda assim, é fato que em relação aos índices ESG, nos encontramos em uma etapa inicial.

A princípio, os ativos no Brasil contam com três índices com relação direta às questões ambientais, sociais e de governança, que são:

  • Índice Carbono Eficiente — ICO2

  • Índice de Governança Corporativa – IGC B3

  • Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE

Índice Carbono Eficiente – ICO2

O Índice Carbono Eficiente ICO2, da B3, é formado por empresas que produziram algum tipo de política para controle e diminuição da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa

Criado em 2010, o objetivo era promover discussões sobre mudanças climáticas e listar empresas comprometidas de forma transparente a uma prática econômica de baixo carbono.

Índice de Governança Corporativa – IGC B3

Mesmo que as causas sociais e ambientais estejam em alta, não quer dizer que a preocupação com a governança corporativa deixou de existir. Afinal de contas, ela faz parte do conceito de Índice ESG.

Sobre isso, vale lembrar que o conceito de governança em ESG se refere ao atendimento de critérios, como o aumento de transparência frente às ações da companhia, à aplicação de políticas voltadas ao combate à corrupção, entre outros comportamentos relacionados.

Dessa forma, o Índice de Governança Corporativa (IGC B3) é o indicador de desempenho que qualifica os ativos de empresas listadas no Novo Mercado ou nos Níveis 1 e 2 da Bolsa de Valores B3, excluindo, por exemplo, as que estejam em recuperação judicial ou regime especial de administração temporária.

Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE

Temos ainda o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), criado em 2005, que faz a avaliação das empresas listadas na Bolsa de Valores da perspectiva de responsabilidade socioambiental, estimulando iniciativas sustentáveis que promovam o progresso da sociedade e o respeito ao meio ambiente.

Lançamento do Índice S&P/B3 Brasil ESG

Em setembro de 2020, a B3, bolsa de valores do Brasil, em parceria com a S&P Dow Jones, promoveu o lançamento do Índice S&P/B3 Brasil ESG

Baseado nos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa, o objetivo foi expor em sua carteira as empresas brasileiras que apresentam boa pontuação ESG, segundo a própria S&P Dow Jones, em sua Avaliação de Sustentabilidade Corporativa.

De acordo com a própria B3, em seu comunicado de lançamento do índice, o “tema ESG está no radar dos investidores, à medida que o mercado percebe a sua importância e relevância”. 

Além disso, é confirmado que o objetivo do indexador é expor aos investidores as empresas brasileiras com melhor avaliação ESG e valorizar essa carteira.

Nessa ocasião, a Genial Investimentos fez uma live no YouTube para discutir o assunto, vale a pena conferir:

https://youtu.be/y0-Obsdrn9s

Qual o atual perfil do investidor em relação ao ESG?

O perfil do investidor está mudando. De um lado temos as empresas que buscam rendimentos mais seguros e promissores em longo prazo, do outro a popularização do investimento em ações por pessoas físicas, principalmente entre os jovens, que demonstram uma maior preocupação socioambiental.

Tudo isso provoca uma mudança na forma como as empresas se posicionam, que precisa ser cada vez mais ampla e transparente. 

Não basta atuar segundo as boas práticas de governança, combatendo falhas de ética e corrupção, é preciso ir além e mostrar que o respeito à sociedade e ao meio ambiente também é uma premissa.

Essa transparência é demonstrada por meio de relatórios e documentos públicos, disponíveis para quem desejar fazer tal consulta. 

Esses documentos são utilizados por fintechs de investimento, cada vez mais populares no mercado, pela Bolsa de Valores para formar suas carteiras e também por empresas em busca dos melhores fornecedores.

Afinal, se uma empresa adota hábitos que resultam em um bom desempenho nos índices ESG, por quais motivos iria se aliar a um fornecedor que não cumpra essas práticas? De todo modo, a tendência do índice ESG chegou para ficar e para conduzir o mercado no futuro.

Como a Linkana pode ajudar na adoção de boas práticas ESG?

Uma das maneiras que podemos ajudar sua empresa a adotar boas práticas ESG é com a ferramenta Linkana ESG Rating.

Trata-se de uma solução de análise automática de risco ambiental, social e de governança. 

Por meio de pontuações atribuídas aos dados apresentados no cadastro dos fornecedores, ela indica potenciais ameaças que eles representam para o seu negócio considerando critérios ESG.

Com o Linkana ESG Rating, você consegue mitigar os riscos das contratações e garantir a formação de parcerias com fornecedores que seguem os mesmo princípios de ESG que sua empresa.

Isso, por sua vez, reduz atritos e preserva a imagem da sua companhia, evitando relacionamento com fornecedores que não zelam por essas boas práticas.

Confira o que Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, tem a dizer sobre essa ferramenta!

https://www.youtube.com/watch?v=T1DmQi-JmKQ

O que mais a Linkana pode oferecer para o seu negócio?

Mas como chegar, rapidamente, aos cadastros dos fornecedores e, a partir daí, analisar suas performances ESG?

Para isso a Linkana oferece a você e ao seu time de compras e procurement o Linkana Network, primeira solução de fundação de dados de fornecedores do Brasil.

Essa é a única solução do mercado que resolve uma das maiores falhas de procurement, que é a ausência de uma base de dados de fornecedores compartilhada.

Por meio dessa plataforma, que foi inspirada no conceito Open Finance, cada fornecedor cadastrado no sistema da Linkana tem o seu próprio perfil, chamado de Supplier Open Profile.

Todos os usuários do nosso software têm acesso a esses cadastros, facilitando muito a busca por fornecedores aptos e qualificados para formar suas redes de abastecimento — inclusive, com a avaliação do ESG Rating já realizada.

Principais benefícios de uma fundação de dados compartilhada

Entre os principais benefícios de contar com uma base de dados de fornecedores compartilhada, estão:

  • redução da burocracia e do volume de trabalho de compradores;

  • aumento da produtividade dos times;

  • identificação de fornecedores compatíveis com seu negócio em menos tempo;

  • acesso a informações completas e cadastros padronizados, evitando que algum dado importante seja esquecido ou deixado de lado;

  • geração de diversos insights que ajudam nas tomadas de decisão;

  • processo de onboarding realizado em menos tempo, e muito mais.

Achou interessante? Quer entender melhor como funciona o Linkana ESG Rating e o Linkana Network? Então preencha agora mesmo o formulário abaixo!

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