Gestão de fornecedores

Gestão de fornecedores internacionais: 7 dicas contra desafios

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

29 de novembro de 2024

29 de novembro de 2024

29 de novembro de 2024

A gestão de fornecedores internacionais tem nuances e características específicas que diferenciam bastante esse gerenciamento do realizado com os parceiros comerciais nacionais. 

Alguns exemplos são lidar com desafios como estabelecer uma boa comunicação intercultural, adequar o fluxo logístico, entender e cumprir questões regulatórias.

Porém, mesmo com a necessidade de superar obstáculos como esses, montar uma cadeia de suprimentos global tende a ser bem vantajoso para os negócios. 

Ao contratar fornecedores de outros países, é possível reduzir custos de aquisição e operacionais, acessar novas tecnologias, elevar a qualidade dos insumos e, como resultado, aumentar o poder competitivo da marca.

O segredo para alcançar benefícios assim está em realizar uma gestão de fornecedores internacionais minuciosa, com atenção a detalhes como due diligence robusta e critérios rigorosos de aprovação de parceiros comerciais.

Como executar esse gerenciamento, na prática? Siga a leitura e conheça os principais desafios e as melhores estratégias para superá-los.

Como fazer gestão de fornecedores internacionais? 6 passos!

Para realizar uma gestão de fornecedores internacionais segura e eficaz, você deve:

  1. fazer uma boa pesquisa; 

  2. definir critérios de seleção;

  3. solicitar propostas comerciais;  

  4. elaborar um contrato de fornecimento rigoroso; 

  5. acompanhar a logística internacional;

  6. realizar a gestão de risco global.

Confira, a seguir, detalhes de cada uma dessas etapas.

1. Fazer uma boa pesquisa 

Existem diversas formas de encontrar fornecedores para a sua empresa, como participar de eventos e entrar em contato com entidades de classe. 

Porém, como neste caso a busca é por empresas fornecedoras internacionais, uma das melhores opções é a internet, ferramenta que rompe qualquer barreira geográfica. 

Outra possibilidade é explorar o seu networking e pedir indicações de conhecidos. Essa abordagem é interessante porque você terá a opinião sincera de quem já contratou, o que pode diminuir os riscos desse tipo de contratação e facilitar a sua tomada de decisão. 

2. Definir critérios de seleção 

Alguns dos principais critérios de qualificação de fornecedores são:

  • reputação;

  • histórico de atuação;

  • capacidade técnica, produtiva e operacional;

  • conformidade regulatória;

  • saúde financeira;

  • qualidade dos itens fornecidos;

  • flexibilidade de negociação.

Defina os parâmetros que utilizará para aprovar ou não um fornecedor conforme o seu modelo de negócio e os principais riscos gerados por sua cadeia de suprimentos.

E para verificar se um possível parceiro comercial tem alguma sanção internacional de compliance, acesse listagens como a da OFAC, Office of Foreign Assets Control, e da United Nations Global Markeplace.

O artigo “Homologação de fornecedores estrangeiros: 5 passos para colocar em prática”, certamente ajudará você nessa etapa. Não deixe de ler!

3. Solicitar propostas comerciais  

Use recursos como e-mail e chat direto do site dos fornecedores para solicitar propostas comerciais daqueles que considerar capazes de abastecer a sua empresa.

Alguns sistemas de e-procurement — ferramenta digital para contato, negociação e efetivação de processos de compras — oferecem funcionalidades para criação, envio e gerenciamento automático de orçamentos e demais documentos, inclusive com interações internacionais.

Leia também: “Linkana + SAP Ariba: por que usar essas duas soluções simultaneamente?”   

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4. Elaborar um contrato de fornecimento rigoroso 

Além dos elementos básicos que todo contrato de fornecimento precisa ter — como descrição das partes envolvidas, especificações técnicas, valores e prazos de entrega —, é essencial incluir nos voltados para gestão de fornecedores internacionais:

  • processo de logística internacional adotado;

  • moeda oficial, fluxo de pagamento e índices de ajuste;

  • planos de contingência;

  • seguros de mercadoria e/ou serviços;

  • cláusula de confidencialidade;

  • termos de rescisão e penalidades.

O objetivo é deixar claros os direitos e deveres do fornecedor, da sua empresa e protegê-la de riscos previsíveis. 

5. Acompanhar a logística internacional

O acompanhamento da logística internacional inclui ações como:

  • monitoramento do envio dos pedidos feitos aos fornecedores;

  • confirmação da execução do plano logístico definido;

  • identificação dos meios de transporte com melhor custo-benefício.

Lembre-se ainda que um bom fornecedor internacional entrega aos seus contratantes formas de rastrear as entregas, bem como adotam práticas de logística sustentável.

6. Realizar a gestão de risco global

Realize a gestão de risco global não apenas no processo de contratação, mas enquanto durar o relacionamento comercial.

Essa prática é essencial para confirmar se o fornecedor continua a atender os critérios estabelecidos anteriormente, ou se houve mudanças na sua postura, comportamento e forma de trabalho que elevam os riscos para a sua empresa.

Veja como realizar essa gestão com as dicas do artigo: “Análise de risco de fornecedores: como fazer e 4 erros a evitar!

Quais são os desafios específicos da gestão de fornecedores internacionais?

Como comentamos na abertura, a gestão de fornecedores internacionais tem diversas particularidades. Por esse motivo, também gera desafios bem específicos que elevam sua criticidade.

Os mais comuns são:

  • diferenças culturais: o desconhecimento quanto aos costumes e tradições do fornecedor aumenta as chances de ofender suas origens e valores, ainda que sem intenção, e de gerar desentendimentos que comprometam a relação comercial;  

  • fuso horário: conforme a diferença entre um país e outro, afeta negativamente agendamento de reuniões e conversas para alinhamento de propostas;

  • barreiras linguísticas: dificulta o diálogo e é um significativo critério de discordâncias;

  • riscos cambiais: têm potencial de resultar em perdas financeiras se não gerenciado corretamente, devido ao valor e poder de compra de cada moeda;

  • questões regulatórias: aumenta o risco de compliance e de problemas como retenção de mercadorias em fronteiras.

Aproveite e leia também: “Gestão de riscos e compliance: por que relacioná-las?

7 estratégias para superar os desafios da gestão internacional de fornecedores

Supere os principais desafios da gestão de fornecedores internacionais e estruture uma cadeia de suprimentos global eficiente com estas estratégias:

  1. evite criar vínculo de dependência: tenha um cadastro com mais de uma empresa fornecedora homologada para acioná-la caso o fornecedor oficial tenha algum problema que impeça o atendimento das suas demandas; 

  2. escolha bons meios de pagamento: para garantir a segurança da transação financeira internacional, otimizar o fluxo e diminuir custos cambiais;

  3. atente-se às datas de cotação: firme um acordo com o fornecedor sobre prazos e formas de atualização de valores em relação ao dia de envio do pedido, o pagamento e as flutuações das moedas;

  4. garanta uma boa comunicação intercultural: por meio da ampliação do conhecimento sobre a cultura e o idioma, definição de canais oficiais de troca de mensagens e reunião, identificação dos profissionais responsáveis e cronograma de interações para alinhamentos e feedbacks;

  5. amplie seu conhecimento sobre as regulamentações: a fim de manter a atualização sobre leis, normas e acordos internacionais que afetam a rede de abastecimento do seu negócio;

  6. realize uma due diligence robusta: a partir da análise de critérios e documentos específicos dos fornecedores internacionais, a exemplo do atendimento a leis de importação e exportação;  

  7. use de sistemas integrados: pois facilitam o processo de homologação, automatizam diversas etapas da escolha e análise dos fornecedores e facilita o acompanhamento do desempenho dos parceiros contratados.

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