Gestão de fornecedores
Como gerenciar fornecedores em mercados emergentes?
Os fornecedores em mercados emergentes são empresas que oferecem bens ou prestam serviços em economias com desenvolvimento e crescimento econômico rápido, mas que ainda não alcançaram o status de economias desenvolvidas.
Alguns pontos que os diferenciam dos demais tipos de fornecedores são riscos como instabilidade política e regulamentações divergentes.
Por motivos como esses que a gestão desses parceiros comerciais é diferenciada, pois requer do time de compras e procurement atenção redobrada a critérios que aumentam as chances de sofrer com desabastecimento ou ter problemas legais.
Segundo o site Dados Mundiais, atualmente, 10 países estão na lista dos mercados emergentes, e o Brasil é uma das nações. As outras são: África do Sul, China, Filipinas, Índia, Indonésia, Malásia, México, Tailândia e Turquia.
O abastecimento da sua empresa vem de alguma dessas regiões? Então, siga a leitura deste artigo, descubra como gerenciar fornecedores em mercados emergentes e proteja o seu negócio!
O que são fornecedores em mercados emergentes?
Os fornecedores em mercados emergentes são pessoas físicas ou jurídicas que trabalham com o fornecimento de produtos, bens, matérias-primas e insumos, ou prestação de serviços, em países com economia crescente e rápida. Essas nações se integram cada dia mais à economia global, mas ainda não são consideradas economicamente desenvolvidas.
Fornecedores desse tipo têm, como principais características:
custos competitivos;
potencial de inovação e expansão;
acesso a novos mercados;
padrão de qualidade internacional;
alta capacidade de adaptação.
Por essas particularidades e aspectos, tais fornecedores também oferecem aos seus contratantes oportunidades de crescimento em mercados emergentes, a exemplo de possibilidades como:
descoberta de novas tecnologias e soluções;
formação de parcerias internacionais e expansão das operações para outros países;
inovações sustentáveis que contribuem para um atendimento mais preciso dos pilares ESG.
Aproveite e leia também: "Quais são os tipos de fornecedores? Conheça a classificação!"
7 desafios de compras em mercados emergentes
Porém, para explorar oportunidades de crescimento como essas, os gestores e seus times precisam superar os desafios de compras em mercados emergentes. Alguns dos principais são:
dinâmica local: inclui questões culturais e a capacidade de o fornecedor se adequar às dificuldades, mudanças e adversidades regionais, a exemplo de alterações na economia e excesso de burocracia;
avaliação de risco: principalmente questões como potencial produtivo, estabilidade financeira, impacto cambial e alterações nas regulamentações locais;
fluxo de comunicação: é essencial se atentar a detalhes como idioma e fuso horário e quais ferramentas de conversação usar para garantir diálogos precisos, rápidos, fluidos e transparentes;
ajustes tecnológicos: parte do entendimento de que nem todas as regiões têm o mesmo nível de desenvolvimento tecnológico, e essa divergência pode afetar questões como comunicação, controle de qualidade e rastreabilidade na entrega;
garantia de sustentabilidade: os critérios ESG são mundiais, por esse motivo, é essencial confirmar se os fornecedores de mercados emergentes trabalham sob padrões de responsabilidade socioambiental e de governança, a fim de evitar problemas legais e com os stakeholders;
compliance: é essencial conhecer as leis e normas que regem as atividades da empresa fornecedora, relacionar às do negócio contratante e avaliar impacto e pontos de divergência, principalmente se estiverem em regiões diferentes;
controle de qualidade: esse é um dos riscos em mercados emergentes que afetam o produto e/ou serviço entregue ao cliente final. Uma das maneiras de mitigar essa ameaça é com a exigência de certificações internacionais, como a ISO 9001.
Sobre esse assunto, leia também: "Gestão da qualidade de fornecedores: como realizar? 3 fases principais"
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Como gerenciar fornecedores em mercados emergentes? 5 práticas!
As melhores estratégias e práticas para gerenciar fornecedores em mercados emergentes e superar os desafios da atividade incluem:
intensificar o processo de avaliação e seleção;
aprofundar a gestão de risco e a análise de compliance;
estabelecer uma boa comunicação e criar um relacionamento estratégico;
acompanhar o desempenho dos fornecedores.
usar as ferramentas tecnológicas certas.
Confira os detalhes!
1. Intensificar o processo de avaliação e seleção
Estabeleça critérios claros que os fornecedores precisam atender para fazer parte da rede de abastecimento do seu negócio. Para definir quais, considere parâmetros como:
nível de qualidade;
capacidade produtiva;
prazo de entrega;
atendimento de padrões ESG, como logística sustentável.
Se a empresa fornecedora estiver localizada em um local acessível, faça visitas in loco ou solicite auditorias para confirmar se a oferta apresentada condiz com a realidade do negócio.
2. Aprofundar a gestão de risco e análise de compliance
Mapeie os riscos específicos da contratação, avalie se vale a pena assumi-los ou não, e caso opte por absorvê-los, crie planos de mitigação e de contingência.
Um exemplo é comprar os itens antes de o estoque alcançar um nível crítico para garantir que o tempo de entrega não prejudique o ritmo produtivo do negócio.
No que se refere à análise de compliance, o time de compras e procurement precisa garantir que o fornecedor atende às regulamentações locais, nacionais e internacionais, de acordo com o caso.
Essa avaliação acontece a partir da solicitação de documentos e certificados que comprovem o status legal da empresa fornecedora, como alvarás de funcionamento e certidões negativas.
Dica! Aprimore essa atividade com as orientações do artigo: "Gestão de riscos de fornecedores: TUDO sobre como mitigar ameaças!"
3. Estabelecer uma boa comunicação e criar um relacionamento estratégico
Estabelecer uma boa comunicação desde os primeiros contatos é essencial para construir um relacionamento estratégico com os fornecedores.
Para chegar a esse resultado, defina canais de conversação oficiais que atendem bem tanto seu time de compras quanto o fornecedor, a exemplo de soluções digitais como Slack e Google Meet.
Se o fornecedor estiver em outro país, preste atenção a detalhes culturais, às diferenças de idioma e ao fuso horário para evitar desentendimentos e ruídos na comunicação.
4. Acompanhar o desempenho dos fornecedores
O acompanhamento do desempenho dos fornecedores é uma das melhores maneiras de mitigar os riscos em mercados emergentes. Afinal, por meio dessa atividade é possível, por exemplo:
confirmar o cumprimento das cláusulas contratuais durante a validade da parceria comercial;
monitorar mudanças no fluxo de trabalho da empresa contratada que sugerem a realização de práticas ilícitas;
garantir o nível de qualidade do início ao fim do contrato.
A avaliação da performance dos fornecedores pode acontecer por meio de ferramentas e recursos como:
indicadores (a exemplo do prazo de entrega e taxa de devolução);
auditorias regulares;
feedback contínuo, tanto para fazer apontamentos quanto para receber e usar com base para melhorias.
5. Usar as ferramentas tecnológicas certas
Usar uma boa plataforma de SRM (Supplier Relationship Management) é a melhor maneira de realizar a gestão de fornecedores. O motivo é que a ferramenta automatiza processos como homologação, recebimento e análise de documentos e avaliação de riscos.
Além disso, gera dados que ajudam a embasar decisões de escolha e contratação de fornecedores. Dessa forma, você e seu time de compras e procurement têm menos chances de fazerem opções erradas.
Assista a este vídeo com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, e entenda melhor o que é um SRM.
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