Colaboração com fornecedores: como estabelecer e mensurar?

A colaboração com fornecedores se refere à prática de trabalhar em estreita e contínua parceria com as empresas que compõem a rede de abastecimento de um negócio. Para tal, cria-se uma relação comercial que vai além de apenas comprar um produto ou contratar um serviço e pagar pelo recebimento.  

Inclusive, a cooperação na cadeia de suprimentos é uma forma de os envolvidos crescerem de maneira sustentável e com alto potencial lucrativo.

Segundo a McKinsey & Company, organizações que colaboram regularmente com seus fornecedores têm crescimento e rentabilidade maiores e custos operacionais reduzidos.

Além disso, formar uma parceria estratégica com fornecedores ajuda a mitigar risco e a fortalecer a cadeia de suprimentos, pois constrói relações mais sólidas e confiáveis.

Achou interessante e quer resultados como esses na sua empresa? Então, siga a leitura para entender tudo sobre a estratégia.

O que contempla a colaboração com fornecedores?

A colaboração com fornecedores é um conceito que leva o relacionamento comercial a outro patamar. O motivo é que promove a construção de um vínculo profundo de contribuição mútua e alinhamento de objetivos e estratégias com foco em crescimento de longo prazo para os envolvidos.

Porém, para chegar a esse nível, é preciso basear a gestão colaborativa de fornecedores em pilares como:

• comprometimento: tanto quem contrata quanto quem fornece precisa dedicar tempo e atenção iguais ao relacionamento comercial. Essa dedicação pode incluir sugestões de novas tecnologias e adequações aos processos, por exemplo; 

• comunicação: por meio de diálogos sinceros, transparentes, respeitosos e próximos, mas sem perder o profissionalismo. É essencial evitar ruídos e falas que gerem desentendimentos; 

• compartilhamento de metas: ajuda a alinhar expectativas, o entendimento dos planos e objetivos do parceiro comercial e a garantir o mesmo foco; 

• melhoria contínua: a qual se pode obter com, por exemplo, sugestões de ajustes em etapas ineficientes e revisões periódicas na forma de aquisição e entrega; 

• flexibilidade: essencial para facilitar ajustes decorrentes das novas necessidades do mercado, mudanças de comportamento dos consumidores, ou ritmo de crescimento das empresas envolvidas;

• resolução de problemas: de modo que ambas as partes se beneficiem das soluções e se protejam, sem gerar delegação negativa de responsabilidade ou culpa. 

Dica! Aproveite e leia também: “Como e por que criar relacionamentos duradouros com fornecedores?”

Quais são os benefícios da colaboração com fornecedores?

Estes são os principais benefícios da colaboração com fornecedores:

1. promoção de inovação conjunta;

2. redução de custos operacionais;

3. diminuição de erros;

4. ganho de eficiência e agilidade nos processos e fluxos;

5. aumento da qualidade do fornecimento e, por consequência, dos produtos/serviços entregues aos clientes finais;

6. elevação do poder competitivo por conta da vantagem anterior;

7. mitigação de riscos, como os de desabastecimento, jurídico e financeiro.

Esses são benefícios possíveis de alcançar com a construção de uma parceria estratégica com fornecedores devido aos pilares que citamos.

Afinal, a junção de uma boa comunicação, alinhamento de expectativas e colaboração mútua é o segredo para formar um relacionamento comercial no qual as partes envolvidas realmente ganham. 

Sugestão de leitura: “Benefícios da gestão de fornecedores: 7 que mais se destacam!”

7 boas práticas para uma parceria estratégica com fornecedores

Se você pretende firmar uma parceria estratégica com os fornecedores que atendem à sua empresa, nossa dica é aplicar estas boas práticas:

1. garanta o entendimento do valor da parceria;

2. adote a cultura do feedback;

3. defina SLAs;

4. estabeleça um fluxo de compartilhamento de informações;

5. tenha planos de contingência;

6. promova treinamentos e capacitações;

7. use ferramentas de gestão.

Vamos aos detalhes?

1. Garanta o entendimento do valor da parceria

O valor em uma colaboração com fornecedores não se refere a preços e custos, mas, sim, ao reconhecimento do quanto cada um pode ganhar além de questões relacionadas ao dinheiro.

Como exemplos, benefícios como descoberta de novas tecnologias, aprimoramento de conhecimento técnico, chance de aumentar a qualidade e de melhorar a eficiência operacional. Inclusive, esses pontos refletem positivamente na formação de outras parcerias comerciais.

2. Adote a cultura do feedback

A cultura do feedback consiste em criar um fluxo de comunicação fluido e contínuo para fazer apontamentos positivos e solicitar melhorias, mas também recebê-los.

Essa prática reforça a cooperação na cadeia de suprimentos porque abre espaço para diálogos sinceros, que ajudam tanto a empresa fornecedora quanto a contratante a aprimorar suas atuações e crescerem. 

Este artigo também ajudará você: “O que é desenvolvimento de fornecedores? Como fazer com eficiência?”

3. Defina SLAs

SLA é a sigla de Service Level Agreement, que, em português, quer dizer Acordo de Nível de Serviço. Trata-se de um contrato que estabelece responsabilidades e parâmetros de atendimento em uma parceria comercial.

No SLA, estão diretrizes, normas, metas e critérios que ambas as partes devem obrigatoriamente seguir.

No caso de uma gestão colaborativa de fornecedores, pode-se incluir instruções como prazo de entrega das mercadorias e de resposta a e-mails e mensagens de pós-venda.

4. Estabeleça um fluxo de compartilhamento de informações

Defina quem são os responsáveis por atender cada fornecedor e o canal oficial para envio de pedidos de compras e documentos, por exemplo. 

Para troca de informações diárias, é possível usar ferramentas corporativas como o Slack e o WhatsApp Business, desde que haja um fluxo estabelecido de respostas e um SLA para esses meios de comunicação. 

5. Tenha planos de contingência

Por mais que a parceria estratégica com fornecedores seja confiável, ambos os lados estão passíveis a enfrentar situações inesperadas.

A fim de não comprometer esse relacionamento, construído pouco a pouco diariamente, defina planos de contingência para variados cenários — por exemplo, determine o que seu time de compras deve fazer quando o fornecedor avisar que não consegue atender à nova demanda por problemas pontuais com um maquinário.

Ter uma “rota de fuga” previamente estabelecida evita complicações, interrupção no seu fluxo operacional e, principalmente, desentendimento com o fornecedor estratégico.

6. Promova treinamentos e capacitações

Os treinamentos para a equipe de compras são importantes para manter os funcionários atualizados sobre a chegada de novas tecnologias, mudanças no segmento, leis, normas e novas estratégias de compras.

Ao promover a capacitação dos fornecedores, você os ajuda a entender como sua empresa funciona e, dessa forma, compreender melhor quais são as necessidades de abastecimento do seu negócio.

7. Use ferramentas de gestão

Ferramentas de gestão de fornecedores, como um SRM (Supplier Relationship Management), ajudam a alcançar a cooperação na cadeia de suprimentos por facilitarem a comunicação, gerar dados para monitoramento de desempenho e automatizar diversos processos.

Com o SRM da Linkana, por exemplo, você envia ao fornecedor um convite para acessar o nosso portal para responder questionários e enviar documentos privados. 

Dica! Assista ao vídeo abaixo e veja como esse fluxo funciona, na prática!