ESG
ESRS: o que é e por que é importante conhecer essa padronização?
O ESRS é um novo conjunto de normas e indicadores da União Europeia que tem por objetivo padronizar os relatórios não financeiros, inclusive os ligados à sustentabilidade.
Em outras palavras, trata-se de um padrão de relatório de sustentabilidade que substitui a prática da divulgação de informações desse tema enquadradas em referências nacionais, ou de parâmetros como o Pacto Mundial das Nações Unidas, entre outros similares.
No fluxo de implementação dessa diretriz, a adoção das normas atualizadas pela Comissão Europeia, por meio dos atos delegados, estava prevista para 30 de junho de 2023. Para as empresas que precisam atender a esse novo direcionamento, a emissão dos primeiros relatórios está determinada para a partir de 2024.
E por quais motivos seguir essa determinação é interessante para as companhias? Uma das principais razões é que o EU Sustainability Reporting Standards, termo representado por essa sigla, reúne padrões que contribuem para melhorar a elaboração de relatórios de sustentabilidade.
Com isso, é possível alcançar mais transparência na divulgação das ações sustentáveis adotadas e resultados obtidos. Ao fazer isso, as organizações têm a chance de elevar o nível de credibilidade junto aos stakeholders, potencializando as atuações e o crescimento no mercado no qual estão inseridas.
Todavia, esse é apenas um dos benefícios que pode ser obtido. Aqui, é importante destacarmos também que esse novo padrão de relatório de sustentabilidade é uma maneira de fomentar a adoção de boas práticas ESG por parte de negócios de variados portes e segmentos, gerando retornos positivos em todo o mundo.
Quer entender melhor como essa nova padronização de relatório de sustentabilidade funciona? Então, siga a leitura deste artigo e confira o que é ESRS, os benefícios, como as empresas devem se preparar e muito mais sobre o assunto.
O que é ESRS?
ESRS é a sigla para EU Sustainability Reporting Standards, que, em português, significa Padrões de Relatórios de Sustentabilidade da UE, a União Europeia. Tratam-se de novas normas e diretrizes que visam padronizar os relatórios não financeiros, incluindo os ligados à sustentabilidade.
Um dos principais objetivos desse conjunto de orientações é eliminar a prática da divulgação de dados e informações de sustentabilidade a partir de parâmetros nacionais ou de referências como o Pacto Mundial das Nações Unidas, os ODS (Objetivos Sustentáveis da Organização das Nações Unidas) e o GRI (Global Reporting Initiative).
A utilização das normas europeias de relatório de sustentabilidade é obrigatória a todas as empresas passíveis da Diretiva CSRD.
Por sua vez, CSRD é a sigla para o termo em inglês Corporate Sustainability Reporting Directive, que, na tradução para nosso idioma, significa Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa.
Consiste em uma lei da União Europeia que determina rigorosos requisitos de elaboração de relatórios com dados e informações de sustentabilidade alcançados pelas organizações.
Em vigor desde 5 de janeiro de 2023, a CSRD direciona como devem ser as divulgações de informações não financeiras, com o objetivo de aumentar a transparência do desempenho ESG das companhias.
Com isso, investidores e demais stakeholders têm acesso a dados seguros que podem embasar suas tomadas de decisão, especialmente aquelas que têm foco sustentável.
Desse modo, companhias passíveis de atendimento à diretiva devem, obrigatoriamente, adotar as normas de padronização do ESRS.
Dica! Não deixe de ler este artigo: "Relatórios GRI: por que são relevantes para quem adota as práticas de sustentabilidade?"
Como é estruturado esse novo padrão de relatório de sustentabilidade?
O EFRAG — European Financial Reporting Advisory Group ou Grupo Consultivo Europeu de Relatórios Financeiros — é a entidade responsável pelo desenvolvimento dos padrões de relatórios de sustentabilidade.
A proposta do EFRAG é que as informações passem a ser divulgadas de maneira estruturada, a fim de facilitar a compreensão. Para isso, foi definida uma estrutura no formato 3x3, que inclui:
três camadas de relatórios;
três áreas amplas de relatórios;
três assuntos de relatórios.
Desse modo, os relatórios cobrem 11 padrões temáticos de ESG e abrangem informações como:
explicações e dados específicos do setor;
informações específicas da empresa;
avaliação de materialidade, estratégia e governança;
medidas de implementação de práticas ESG, a exemplo de políticas, objetivos e planos de ação;
mensuração de rendimento, como a apresentação de indicadores para os temas ESG abordados.
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Quais são as principais mudanças dos ESRS?
Os Padrões de Relatórios de Sustentabilidade da UE trazem para as empresas as seguintes mudanças no que se refere à apresentação de informações desse conceito:
necessidade de auditoria externa para verificação, análise e validação do apresentado nos relatórios;
atenção a novos contextos, que são:
informações sobre a cadeia de valor ascendente e descendente;
aplicação de due diligence em sustentabilidade;
materialidade dupla;
consideração de dois grupos de interesse principais nas informações apresentadas:
usuários de relatórios de sustentabilidade;
demais grupos de interesses afetados.
Aproveite e leia também este artigo: "Processo de due diligence de fornecedores: quais informações pedir para realizar esse processo?"
Quais são os benefícios dos ESRS?
Mais do que uma legislação que precisa ser atendida, os atuais Padrões de Relatórios de Sustentabilidade da UE têm por objetivo melhorar a apresentação desses documentos descritivos.
Por conta disso, alguns dos principais benefícios que podem ser alcançados com essa padronização são:
divulgação de desempenho sustentável em um padrão global, contribuindo para a expansão do negócio;
aumento do nível de transparência, credibilidade e confiabilidade dos dados apresentados;
suporte nas tomadas de decisão, visto que essa nova norma tem como foco a materialidade, ou seja, exploração de assuntos importantes para a empresa;
fomento à adoção de processos de melhoria contínua no que se refere à sustentabilidade;
compreensão melhor e mais clara do desempenho, das ações e dos resultados sustentáveis da companhia.
Sugestão de leitura: "Sanções internacionais: por que verificar na gestão de fornecedores?"
Quem precisa se preparar para os ESRS? E como fazer?
Alguns exemplos de empresas afetadas pelo EU Sustainability Reporting Standards são as não pertencentes à União Europeia, mas que têm atividade significativa nessa região, como as que têm volume de negócios superior a 150 milhões de euros.
Também estão incluídas as grandes empresas, negociadas ou não na bolsa de valores, e as PMEs negociadas na bolsa, com exceção das microempresas que atendam a, pelo menos, dois destes critérios:
número médio de funcionários superior a 250, durante o exercício de apuração dos dados;
volume líquido de negócios líquido superior a 40 milhões de euros;
balanço financeiro total superior a 20 milhões de euros.
Como dissemos, a adoção dos Padrões de Relatórios de Sustentabilidade da UE é obrigatória a partir de 1° de janeiro de 2024.
A melhor maneira de as companhias passíveis dessa nova padronização se adequarem a ela é se familiarizarem com os requisitos, a fim de identificarem o que precisam divulgar e como fazer isso.
A ideia, portanto, é verificar quais pontos a companhia já atende e quais precisam ser ajustados para se alinhar às novas diretrizes.
Aqui, vale destacar que um dos pontos de atenção do EU Sustainability Reporting Standards são os relatos relacionados à cadeia de valor da organização, o que contempla o monitoramento de ações e comportamentos que vão além dos adotados pela empresa.
No caso, pode-se entender que consiste em também verificar a atuação de agentes que compõem a dinâmica do negócio, como a rede de fornecedores.
Como verificar o compromisso dos fornecedores com a sustentabilidade?
Independentemente da obrigatoriedade de atender aos novos padrões de relatório de sustentabilidade, é fundamental que seu negócio se atente aos riscos ESG de fornecedores.
Somente dessa maneira você consegue proteger seu negócio de riscos ambientais, financeiros, jurídicos, reputacionais e diversos outros relacionados.
E não há melhor forma de fazer isso do que com a ajuda da tecnologia, a exemplo do Linkana ESG Exposure Index.
Essa é uma solução da Linkana que determina o nível potencial de impacto ambiental, social e climático dos fornecedores, de acordo com suas atividades econômicas.
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