ESG
ESG em Telecom: o que falta para aplicar medidas socioambientais e de governança no setor?
O setor de telecomunicações já percebeu a importância do papel da governança corporativa, do ambiente e da inclusão social no mundo corporativo. O problema aparente é que o movimento de aplicar ESG em Telecom ainda é curto, embora as empresas do ramo já tenham realizado ações mínimas.
A necessidade de conscientização das estratégias de ESG no setor de telecomunicações faz com que os fóruns e palestras do País reforcem a importância da prática.
Em 2021, por exemplo, o Painel Telebrasil 2021 bateu nessa tecla quando empreendedores destacaram que a indústria de Telecom é um pilar para fortalecer práticas socioambientais, ao mesmo tempo, enfatizaram a falta de ambição e a urgência do setor.
No artigo de hoje, vamos mostrar os impactos do ESG em Telecom e quais medidas podem mudar um cenário ainda raso. Continue com a gente!
O que é ESG?
ESG corresponde a sigla em inglês “environmental, social and governance”, com tradução para o português, ambiental, social e governança.
Esse modelo socioambiental alinha às empresas estratégias para dirimir o impacto ambiental, buscar um mundo mais igualitário, além de ser útil para fortalecer investimentos com critérios de sustentabilidade.
Os três pilares da sigla têm as seguintes finalidades:
Environmental ou Ambiental: refere-se às práticas corporativas voltadas ao meio ambiente, por exemplo, redução de gás carbono, desmatamento, gestão de resíduos, entre outros;
Social: representa a responsabilidade social e a interferência da empresa em prol da comunidade como respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, segurança no trabalho, proteção de dados e privacidade, diversidade de fornecedores, investimento social privado, entre outros;
Governance ou Governança: está ligada às políticas de administração da empresa como a conduta corporativa, composição do conselho, práticas anticorrupção, importância de um canal de denúncias, auditorias, etc.
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Desafios e medidas da aplicação de ESG em Telecom
Materializar o movimento ESG pode ser uma atitude relevante para torná-lo sólido no ramo de telecomunicações. Não é à toa que as empresas já perceberam que não adianta apenas citar, e sim, colocar em prática ações de governança.
Outro ponto é a questão financeira, uma das prioridades das empresas de telecomunicação. Um setor que fatura em média R$43 bilhões por ano no mercado de infraestrutura e de celulares, como aponta a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), ainda sustenta os lucros como foco principal para manter-se ativo.
Por outro lado, algumas organizações pensam adiante, e incorporam seus faturamentos para implementar práticas de ESG em Telecom. A TIM, por exemplo, emitiu mais de R$1,6 bilhão em debêntures incentivadas vinculadas a metas de governança sustentável.
A operadora acredita que poderia se engajar em plantar árvores, por exemplo, mas percebeu que, neste momento, adotar estratégias financeiras integradas a projetos de inclusão e de eficiência energética seria o mais ideal.
Atitudes do tipo também direcionam para outro ganho: a atração de talentos. Os impactos gerados pelo setor de telecomunicação faz com que profissionais busquem empresas conscientes em relação ao ambiente e à diversidade. Este, por sinal, é um passo importante para diminuir a taxa de turnover e aumentar o índice de produtividade.
Novas diretrizes
As operadoras de telecomunicação estão empenhadas em investir no aproveitamento energético.
Entre as medidas, estão a inclusão do uso da energia solar para manter o funcionamento das operações, bem como a substituição de instalações que usam força abrupta, como os datacenters, por alternativas na nuvem.
Além disso, também discute-se formas de utilizar recursos de inteligência artificial (IA) a fim de minimizar o consumo nas redes de serviços.
Essa ideia não é por acaso. Um estudo da fabricante de soluções Nokia e da GSMA Intelligence sobre a indústria de comunicação móvel aponta que 37% das operadoras aguardam o aumento de 10%, em três anos, dos custos com energia.
O mesmo levantamento mostrou que 50% do total das empresas do mercado planejam comprar soluções de IA para implementar a eficiência energética de suas redes.
Por fim, grandes operadoras têm adotado medidas que consistem no uso de sites ecológicos para a ampliação da cobertura 4G. O objetivo delas é alcançar todos os municípios brasileiros até 2023.
Mas como é realizada essa ação?
As empresas usam painéis solares para alimentar torres e antenas, sejam em lugares de fácil ou de difícil acesso, isto é, um movimento de total importância para populações sem acesso à energia elétrica.
Redução de gás carbono
O mesmo estudo realizado pela GSMA Intelligence, que mostramos anteriormente, identificou a ideia de permitir a redução de carbono em até 20% nas áreas de utilities, transporte e manufatura. Em cálculos brutos, essa medida poderia cortar 11 gigas de toneladas, ou seja, uma média de 2700 usinas a carvão.
A importância do índice ESG B3
Especialistas no assunto acreditam que o Índice ESG da B3 (Bolsa de Valores Oficial do Brasil) poderia ajudar as empresas a cumprirem suas metas ESG. Atualmente, as organizações contribuem de formas diferentes, o que não gera um consenso e dificulta a aplicação de soluções em conjunto.
Em síntese, o ISE B3 é o resultado de uma carteira de ativos, isto é, um indicador de desempenho das cotações dos ativos de empresas selecionadas por seu comprometimento com a sustentabilidade empresarial. O objetivo é apoiar os investidores em tomar decisões de investimentos e induzir empresas a aplicar práticas de sustentabilidade.
ESG em Telecom: o papel dos fornecedores
Os fornecedores têm papel fundamental na aplicação de ESG em Telecom. O compromisso dos parceiros é fazer com que as operadoras e seus clientes migrem para metas ESG de maneira assertiva, ou seja, que a transição das operações seja sustentável.
Por essa razão, contar com fornecedores atuantes em sustentabilidade, sociabilidade e governança pode ser de extrema importância para o ramo de telecomunicações, uma vez que o setor envolvido em tecnologia necessita de profissionais habilitados com visões diferenciadas.
Nesse sentido, a Linkana contribui para que a sua operadora escolha profissionais habilitados e certificados a fim de evoluir o seu negócio para um sistema reconhecidamente sustentável.
Nossa plataforma certifica e classifica fornecedores de acordo com boas práticas internacionais em temas como diversidade, inclusão, sustentabilidade, social e governança corporativa.
Vamos citar o exemplo da Mondelez Brasil.
A empresa recebeu a missão de implementar o Programa de Diversidade de Fornecedores, e, com isso, o Gerente de Procurement da empresa, Gilson Alencar, se tornou o Líder de Diversidade & Inclusão de Fornecedores.
Com o projeto Linkana Insights, a nossa empresa foi aprovada pela auditoria global da Mondelez International como plataforma oficial de identificação e certificação de fornecedores diversos e de economia inclusiva no Brasil.
Com isso, fornecedores diversos certificados contam oficialmente para a meta de spend diverso global da empresa, que pretende chegar a gastar um bilhão de dólares por ano com fornecedores diversos até 2024.
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