Gestão de riscos

Business Continuity Management (BCM): por que implementar?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

11 de fevereiro de 2025

11 de fevereiro de 2025

11 de fevereiro de 2025

O Business Continuity Management (BCM) — ou gerenciamento de continuidade de negócios, em português — é um conjunto de processos, planos, ações, medidas e boas práticas que ajudam uma empresa a voltar às atividades normais após o enfrentamento de um período adverso. 

Também estão entre os objetivos identificar riscos e definir medidas para minimizar os impactos, preservar a reputação da marca e garantir respostas rápidas a eventualidades, a fim de diminuir prejuízos e tempo de inatividade.

Ao criar um plano de continuidade de negócios, é possível obter benefícios como melhora da resiliência organizacional, mitigação de riscos corporativos, redução de custos e aumento do nível de confiança dos stakeholders. 

Há outras vantagens de implementar o Business Continuity Management na sua empresa. Quer saber quais e como adotar a prática? Basta seguir a leitura deste artigo.

O que é Business Continuity Management (BCM)?

O Business Continuity Management (BCM) consiste em um planejamento robusto cujo objetivo é garantir a continuidade das operações de uma empresa frente a períodos conturbados e adversos. A prática facilita a recuperação em casos de crise, promove a resiliência operacional e a mitigação de riscos corporativos.

O gerenciamento de continuidade de negócios é aplicável em diferentes situações, por exemplo:

  • desastres naturais;

  • falhas tecnológicas;

  • crises econômicas;

  • mudanças regulatórias;

  • erros humanos;

  • questões reputacionais;

  • alterações na liderança;

  • problemas sanitários, como epidemias e pandemias;

  • interrupções na cadeia de suprimentos.

O estabelecimento de um plano de continuidade de negócios é uma medida proativa e parte de uma boa gestão de riscos operacionais. É fundamental para minimizar impactos e garantir os interesses da companhia e de seus stakeholders.

Aproveite e leia também: “Riscos na cadeia de suprimentos: quais são e como evitá-los?

Quais os benefícios do BCM para as empresas?

Desenvolver um Business Continuity Management (BCM) traz inúmeras vantagens para as empresas, como:

  • proteção dos ativos;

  • redução de perdas financeiras;

  • garantia de conformidade;

  • aumento da confiança dos clientes;

  • ganho de poder competitivo;

  • mitigação de riscos corporativos e operacionais;

  • resguardo à reputação e imagem da marca;

  • aprimoramento do planejamento estratégico.

O motivo é que o gerenciamento de continuidade de negócios prevê cenários e situações, o que dá aos gestores a chance de definirem medidas e ações para cada caso. Assim, se porventura se tornarem reais, saberão exatamente qual ação executar para evitar que a empresa pare as atividades.

Por conta disso, também é certo dizer que o Business Continuity Management (BCM) ameniza danos e promove a resiliência organizacional.

Dica! O artigo “Resiliência empresarial: por quais motivos é importante?” ajudará você a entender a importância desse conceito. 

Quais são os elementos essenciais de um plano de continuidade de negócios?

Estes são os elementos essenciais de um plano de continuidade de negócios:

  1. identificação de riscos e avaliação de ameaças;

  2. análise de impacto no negócio (BIA);

  3. definição de estratégias de recuperação e continuidade;

  4. planejamento de comunicação;

  5. treinamento e capacitação;

  6. realização periódica de testes e simulações;

  7. monitoramento e atualização contínua.

Entenda cada um a seguir.

1. Identificação de riscos e avaliação de ameaças

Os responsáveis pelo gerenciamento de continuidade de negócios devem mapear todos os processos e fluxos da companhia a fim de identificar pontos críticos e vulneráveis que, se atingidos, levam à interrupção das atividades.

Para tal, é essencial envolver todos os departamentos. Dessa forma, têm uma visão abrangente da empresa e conseguem definir prioridades com precisão.

É preciso ainda identificar fatores externos de riscos, a exemplo de crises econômicas nacionais e internacionais e problemas sanitários.

Uma boa maneira de fazer essa análise é por meio de sites e plataformas como Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), World Economic Forum (WEF) e Euromonitor International, conforme a ameaça identificada.

2. Análise de impacto no negócio (BIA)

O Business Impact Analysis (BIA), ou análise de impacto no negócio, é uma ferramenta que avalia as consequências de períodos de interrupção de uma empresa. 

Os elementos do BIA são: processos, sistemas, pessoas, clientes, fornecedores, reputação e resultados financeiros.

Ao mensurar o impacto de cada evento, é possível definir qual deve encabeçar o plano de continuidade e, assim, diminuir as perdas.

3. Definição de estratégias de recuperação e continuidade

As estratégias de recuperação e continuidade precisam ser compatíveis com o evento que se pretende mitigar

Por exemplo, se o objetivo é evitar interrupções na rede de abastecimento, o ideal é definir medidas para diversificar os fornecedores e acompanhar o desempenho desses parceiros.

Dica! Conheça uma das funcionalidades do SRM da Linkana que ajudam nesta atividade:

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4. Planejamento de comunicação

Com o plano de continuidade de negócios definido, é fundamental informar os stakeholders sobre as práticas que a empresa adotou para manter o alinhamento e a transparência.

Aqui, o indicado é criar um planejamento de comunicação que garanta a transmissão clara, precisa e correta das tratativas, com o tom de voz e linguagem adequados para cada público da companhia — por exemplo, clientes, funcionários, fornecedores e investidores.

Avalie qual canal é mais viável (físico ou digital), a facilidade de acesso dos interessados ao material e a praticidade de atualizá-lo sempre que necessário.

5. Treinamento e capacitação

Treine periodicamente os funcionários para saberem como agir perante cada situação. É essencial mantê-los atualizados e alinhados, pois o gerenciamento de continuidade de negócios só terá sucesso com a participação correta de cada um.

Uma dica aqui é definir um cronograma de capacitação que inclua da apresentação das práticas que a empresa definiu à reciclagem de conhecimento frente às atualizações do planejamento.

6. Realização periódica de testes e simulações 

Em complemento ao elemento anterior, os responsáveis pelo Business Continuity Management (BCM) também devem realizar testes e simulações das práticas de recuperação em caso de crise que definiram periodicamente.

O motivo é que as ameaças mudam com o passar do tempo, assim como o grau de impacto sobre a empresa. Ao testar diferentes cenários e possibilidades, fica mais fácil fazer os ajustes necessários.

7. Monitoramento e atualização contínua

Por fim, deve-se monitorar os resultados do BCM. KPIs como tempo de recuperação de sistema, número de incidentes não planejados, tempo de resposta a incidentes e custo de inatividade versus orçamento de continuidade auxiliam na mensuração.

Com os resultados, é possível identificar falhas, pontos cegos e, assim, promover a atualização e melhoria contínua do plano de continuidade de negócios.

Como implementar o Business Continuity Management (BCM) na sua empresa?

Achou interessante e quer implementar o Business Continuity Management (BCM) na sua empresa? Então, utilize este passo a passo como guia:

  1. crie um comitê de gerenciamento de continuidade de negócios: preferencialmente, com representantes de cada departamento;

  2. adote ferramentas e metodologias para identificar ameaças: a exemplo do BIA e matriz de risco

  3. defina estratégias de recuperação: alinhadas a cada cenário e possibilidade de interrupção anteriormente reconhecida;

  4. documente o BCM: para assegurar a transparência do processo e facilitar ajustes;

  5. promova a comunicação: a fim de garantir que os stakeholders estejam cientes das práticas que o comitê de gerenciamento definiu;

  6. treine os times regularmente: para manter a atualização dos envolvidos;

  7. otimize processos: por meio da adoção de tecnologias para levantamento de dados e análises de riscos automáticas.

Quanto a este último tópico, vale destacar que os recursos tecnológicos são essenciais para aumentar a eficiência, precisão e confiabilidade BCM, bem como o monitoramento, execução do plano de continuidade de negócios e otimizar a gestão de riscos operacionais.    

Com o sistema da Linkana, por exemplo, você e seu time consultam e analisam certidões, listas e documentos de fornecedores e sócios automaticamente. Assim, têm bases seguras para tomar decisões de contratação e amenizar problemas relacionados à formação da rede de abastecimento da sua empresa.

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