Gestão de Fornecedores
Sanções internacionais: por que verificar na gestão de fornecedores?
Sanções internacionais são restrições impostas a pessoas físicas, jurídicas, entidades ou países como forma de repúdio a uma determinada atitude, postura, iniciativa ou comportamento.
O objetivo por trás dessa prática é expressar o descontentamento e a desaprovação frente à conduta inadequada, bem como gerar pressão para uma mudança.
Aplicando esse conceito à gestão de fornecedores, verificar se a empresa fornecedora que pretende contratar, ou a que já está na sua base, foi sancionada ou não, é uma das maneiras de reduzir riscos para sua companhia.
Um dos principais motivos é evitar que o nome do seu negócio seja vinculado a outro que sofreu essa penalidade e, com isso, ter que arcar com os reflexos dessa parceria.
A fim de ajudar você nesse processo, neste artigo explicaremos o que são sanções internacionais, como funcionam, quais existem e por quais outros motivos você deve incluir essa verificação na homologação de fornecedores e durante todos o relacionamento que mantiver com eles.
Continue a leitura e entenda mais sobre esse importante tema.
O que são sanções internacionais?
Sanções internacionais são formas legais de expressão de descontentamento e desaprovação usadas para punir governos, pessoas, empresas e demais agentes que estruturam, ou pretendem estruturar, relações entre países.
Apoiadas pela ONU, Organização das Nações Unidas, essas penalidades têm objetivo comercial ou político, e são instrumentos não militares de corrigir atitudes que ameaçam a segurança e a paz mundial.
Por conta disso, elas estão relacionadas a questões, como:
prevenção de conflitos entre territórios;
limitação de proliferação nuclear;
combate ao terrorismo;
garantia do cumprimento dos direitos humanos;
obstrução à lavagem de dinheiro;
impedimento ao tráfico de drogas e comércio de armas;
preservação e atendimento dos tratados internacionais firmados.
Dica! Aproveite e leia também: "Nova Lei de Cadeia de Fornecimento Alemã: Um guia completo"
Como funcionam as sanções internacionais?
As sanções internacionais funcionam de duas maneiras: unilateral ou multilateral. As sanções unilaterais são aquelas impostas por um único país, já as multilaterais são aplicadas por um grupos de vários países.
Dentro desse contexto, existem diferentes tipos de sanções internacionais, que são:
sanções diplomáticas;
sanções militares;
sanções desportivas;
sanções econômicas;
sanções comerciais;
sanções aplicadas a pessoas;
sanções ambientais.
Sanções diplomáticas
Trata-se de medidas políticas perante desaprovação de condutas que são aplicadas antes a ações e decisões militares e econômicas. Esse tipo de sanção internacional tende a refletir em pontos como:
diminuição ou corte de laços diplomáticos;
limitação de visitas governamentais;
fechamento de embaixadas;
expulsão de missões internacionais.
Sanções militares
Envolvem a intervenção das Forças Armadas, por isso, são aplicadas somente em circunstâncias extremas e excepcionais. Nesse caso, os reflexos podem ir de interrupção no fornecimento de armas para o exército do país punido a ataques militares diretos.
Sanções desportivas
Resultam no impedimento de atletas de participarem de eventos, jogos, campeonatos e demais disputas esportivas internacionais. Geralmente, essas sanções estão relacionadas a princípios morais.
Sanções econômicas
Voltadas para restrições comerciais, afetam diretamente a área financeira do país como forma de punição.
Entre as penalidades envolvidas, podem estar:
bloqueio de fronteiras comerciais;
impedimento à exportação;
aumento das taxas para comercialização de produtos e/ou serviços.
Sanções comerciais
Parte das sanções econômicas, essas se manifestam por meio de condenações como:
aumento no valor de tarifas sobre importação;
limitação no volume de itens que podem ser importados;
criação de obstáculos administrativos à comercialização internacional.
Sanções aplicadas a pessoas
As sanções aplicadas diretamente a pessoas costumam ser direcionadas a líderes políticos e econômicos. Entre as medidas punitivas aplicáveis estão:
impedimento ou banimentos de viagens internacionais;
congelamento de valores e bens pessoais.
Aproveite e leia este artigo: "O que é uma Pessoa Politicamente Exposta? Entenda conceito e riscos"
Sanções ambientais
São voltadas para a proteção do meio ambiente. Por conta disso, essas sanções são aplicadas frente à desaprovação de comportamentos que resultam em, por exemplo:
descumprimento de leis ambientais;
comprometimento à vida e à procriação de espécies em extinção;
emissão de substâncias que afetam a camada de ozônio.
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Quem pode aplicar essas sanções?
Existem sanções que podem ser aplicadas pela ONU. Essas estão relacionadas à punição de posturas equivocadas tais como:
violação dos direitos humanos;
combate ao terrorismo;
limitação da propagação nuclear;
prevenção ou intermediação de conflitos;
entre outras.
Porém, há também as sanções que podem ser aplicadas pela OFAC, Office of Foreign Assets Control (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros), agência integrada ao Departamento de Tesouro dos Estados Unidos.
Estão passíveis às penalidades desse órgão:
companhias instaladas nos Estados Unidos;
organizações incorporadas por empresa norte-americanas;
subsidiárias estrangeiras que sejam administradas por companhias dos EUA;
cidadãos estadunidenses, tanto nativos quanto nacionalizados.
Em linhas gerais, as sanções aplicadas pela OFAC seguem o mesmo objetivo das impostas pela ONU, que é o combate a posturas, comportamentos e iniciativas consideradas incorretas que mencionamos no início deste artigo.
Este conteúdo pode ser interessante para você. Confira! "Global Supply Chain: entenda a indústria internacional da cadeia de suprimentos"
Por que verificar se seus fornecedores receberam alguma sanção?
Verificar se seus fornecedores, ou algum dos sócios dessas empresas, receberam sanções desse tipo é primordial para proteger seu negócio de vários riscos.
Por exemplo, essa análise evita estruturar um relacionamento com uma companhia punida, condição que pode comprometer seriamente a imagem e a reputação da sua marca.
Dependendo da gravidade do ato cometido pelo fornecedor sancionado, a tendência é seus stakeholders deixarem de adquirir produtos/serviços da sua marca, resultando na queda no volume de vendas, de lucratividade e de espaço no mercado.
Em alguns casos mais graves, situações desse tipo podem até levar as empresas envolvidas à falência.
Do ponto de vista de uma boa gestão de fornecedores, verificar a existência ou não de sanções é uma forma de analisar a idoneidade das empresas fornecedoras com um todo e de seus sócios.
Por conta disso, essa consulta deve ser incluída no processo de due diligence de fornecedores como mais uma camada de mitigação de riscos. Inclusive, o ideal é verificar as sanções periodicamente, durante toda a vigência do contrato firmado entre vocês.
Como a tecnologia ajuda na análise de riscos de fornecedores?
A melhor forma de aprimorar a gestão de riscos de fornecedores da sua empresa é utilizando ferramentas próprias para essa finalidade.
O Linkana ESG Rating, por exemplo, é uma solução que mensura automaticamente os riscos socioambientais e de governança que uma empresa fornecedora pode trazer para a sua.
Por meio de pontuações atribuídas aos dados e informações prestados pelos próprios fornecedores, você consegue verificar o percentual de ameaça gerada e o nível de comprometimento desse potencial parceiro com os pilares ESG.
Desse modo, consegue analisar melhor se vale a pena assumir esses riscos (custo-benefício), ou se o mais prudente é buscar por outra empresa fornecedora.
Entenda mais sobre como o Linkana ESG Rating funciona assistindo a este vídeo de Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana.
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