Gestão de Fornecedores
Fornecedores sustentáveis: saiba como identificá-los e os riscos de não tê-los
Sustentabilidade tem se tornado um assunto recorrente na gestão das empresas, como diz a pesquisa da Ernest & Young, que revela que 73% dos gestores acham o termo importante para os negócios. E essa transformação também abre um debate importante: por que contratar fornecedores sustentáveis?
Não pense que porque o seu negócio está progredindo que você não precisa se preocupar com a sustentabilidade de fornecedores. Pelo contrário, esse é um tipo de parceria que tende a trazer novos hábitos e melhorar a reputação da sua empresa.
Este universo ainda é novo para muitas pessoas, por isso, preparamos um conteúdo completo sobre a importância dos fornecedores sustentáveis e como escolher os mais apropriados. Boa leitura!
O que são fornecedores sustentáveis?
Fornecedores sustentáveis são profissionais focados em relacionar suas atividades com métodos de responsabilidade socioambiental.
O objetivo é que eles possam, além de reduzir os efeitos nocivos no meio ambiente, eliminar a emissão de dióxido de carbono na atmosfera por meio de atividades inerentes a uma organização.
Nesse aspecto, os parceiros sustentáveis devem:
criar campanhas de conscientização;
remodelar embalagens;
lidar com fontes de energia renovável;
modernizar frotas;
optar por materiais recicláveis;
replanejar trajetos, entre outros.
De modo geral, eles têm a incumbência de reparar, preservar e incentivar empresas e colegas de profissão a manter a conduta de sustentabilidade.
Qual a importância de ter fornecedores sustentáveis?
Em primeiro lugar, negociar com fornecedores ligados à sustentabilidade é uma maneira de colaborar com um mundo mais inclusivo, mesmo que indiretamente, já que nem todas as empresas contratam profissionais interessados.
Além do mais, a sustentabilidade de fornecedores é um incentivo para que sua organização caminhe em direção a um mundo menos poluente e, assim, evite a perda de competitividade, ao mesmo tempo que fortalece a imagem da marca por meio de parcerias saudáveis.
Uma coisa é certa: a mudança cultural e comportamental na área de compras nem sempre é fácil, exige tempo e disciplina, mas também não é impossível.
Nesse sentido, a diretoria e a gerência de compras devem compreender por que vale a pena apostar nesse tipo de especialista em sua base e também saber os riscos de não tê-los por perto.
Outro ponto é que as empresas são responsáveis por seus fornecedores, ou seja, qualquer atitude imprópria dos prestadores de serviço pode ocasionar danos na reputação do estabelecimento.
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Quais são os riscos de não apostar nos fornecedores sustentáveis?
Perda de competitividade
Se você pensa que sustentabilidade é algo que irá custar caro para a sua empresa, já parou para pensar nas perdas que você pode ter por não levantar essa bandeira no seu negócio?
No painel “Melhores Práticas para os Desafios Socioambientais”, realizado pelo Estadão, a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Marina Grossi, comentou que esse olhar para a sustentabilidade é um reflexo da tendência de aumento no consumo consciente. Isso também se tornou uma vantagem competitiva que pode até mesmo influenciar na lucratividade.
“O desenvolvimento sustentável entrou definitivamente na conta da competitividade internacional. O setor privado se organizou e se comprometeu com a sustentabilidade. Muitas empresas buscam as melhores práticas, compartilham experiências e, em seu portfólio, a área de sustentabilidade cresce mais do que as áreas tradicionais”.
Enquanto as empresas que apostam na sustentabilidade ganham espaço no mercado, as que evitam levar essa mentalidade podem sofrer prejuízos financeiros – e existem dados que corroboram essa afirmação.
Em uma pesquisa feita pela Opinion Box, 58% das pessoas entrevistadas afirmaram que não comprariam de uma empresa envolvida em casos de trabalho escravo. Os estabelecimentos conhecidos por poluir o meio ambiente e ligados a casos de corrupção também perdem os negócios de 52% e 50% dos entrevistados.
Já o número de entrevistados que não se importam com nenhum desses fatores? Apenas 7%.
Danos reputacionais
Os danos reputacionais são outro risco que sua empresa pode correr caso não se importe em trabalhar com fornecedores não sustentáveis. No item anterior comentamos sobre os 58% de entrevistados que não gostariam de comprar de ambientes envolvidos em casos de trabalho escravo, certo?
Um exemplo que ilustra perfeitamente esse cenário aconteceu com uma das maiores construtoras do País. Após ser incluída na “lista suja” do Ministério do Trabalho por uma denúncia envolvendo trabalho análogo à escravidão, a empresa registrou quedas de até 4,17% na Bolsa de Valores.
A reputação possui um importante papel dentro das empresas e a sustentabilidade pode ser uma grande influência positiva ou negativa.
A Consultoria Dinamus projetou o impacto de eventos negativos em empresas com menor e maior risco de enfrentar problemas socioambientais e, de acordo com o levantamento, as companhias mais sustentáveis sofreriam uma depreciação menor na cotação de suas ações caso viessem a enfrentar uma crise.
No setor da construção civil, por exemplo, que foi citado acima, as instituições menos sustentáveis poderiam perder 51% do valor de mercado em meio a um problema desta natureza, enquanto as mais sustentáveis teriam uma depreciação de apenas 5,4%.
Sanções administrativas
Você sabia que existe uma Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98)?
Criada para abordar a responsabilidade administrativa ambiental, seu objetivo é conseguir que irregularidades ambientais sejam apuradas e punidas na própria esfera administrativa, sem necessariamente recorrer ao Poder Judiciário.
E de acordo com o artigo 2º da lei, “(…) quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la”.
Isso significa que a penalidade não é apenas para os autores, como também os coautores da infração ambiental. O artigo 72 dessa lei afirma que as sanções administrativas que podem ser aplicadas variam desde advertências e multas de até R$ 50 milhões como até mesmo a suspensão parcial ou total de atividades.
Perda de certificações
Imagine que um de seus fornecedores apresente algum problema ou irregularidade na produção das matérias-primas que você adquire mensalmente para a sua empresa. Sabe quem pode ser responsabilizado pelos danos, prejuízos ou infrações que ocorrerem durante a execução do contrato? Seu negócio!
De nada adianta sua empresa ter certificações como as licenças ambientais diversas ou autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e atender normas como a NR-09 com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA se você trabalha com fornecedores que não são sustentáveis e que podem gerar multa.
Por isso, é importante não só trabalhar com fornecedores sustentáveis, mas também garantir que eles estão realizando seus processos pensando no meio ambiente. Essas certificações ambientais, por exemplo, podem ser uma ótima garantia e que você não só pode, como deve, solicitar ao realizar a homologação de fornecedores.
É na homologação e na qualificação de fornecedores que é possível evitar erros e fraudes, por meio de consultas públicas e emissão de certidões corporativas. E com softwares de automação é possível inclusive realizar um monitoramento de fornecedores e Compliance permanente, com certidões, consultas e documentos automaticamente renovadas pelos robôs, tornando o processo muito mais rápido e simples.
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O que é ESG em compras?
Mais do que entender a importância da sustentabilidade de fornecedores, é saber o que está por trás desse hábito corporativo.
E isso se resume na sigla: ESG, que corresponde a "Environmental, Social & Governance", em português significa Ambiental, Social e Governança.
Esse é um conceito que define critérios ambientais, sociais e parâmetros de governança corporativa.
A propósito, no setor de compras existem várias maneiras de implementar o ESG.
A aplicação de soluções em Cloud (em nuvem) faz com que as empresas dispensem infraestruturas de TI que proporcionam calor e necessitam de refrigeração, assim, diminuindo o consumo de energia elétrica.
Com as soluções em nuvem, as equipes de compras trabalham de onde quiserem, utilizando apenas um dispositivo móvel, o que otimiza tempo e promove relações mais transparentes com compliance.
Uma gestão de cadeia de suprimentos atenta à sustentabilidade também se preocupa com outros detalhes, como as rotas dos transportes de cargas.
Existem caminhos que diminuem os impactos provocados pela logística de produtos, contratando fornecedores que utilizam veículos movidos à energia limpa, reduzindo o tempo das viagens. Além disso, também deve-se manter a manutenção dos veículos e o descarte de óleos lubrificantes.
Acesse o nosso podcast. Neste bate-papo convidamos Renan Rosauro, Head de Procurement da BASF. Ele compartilhou os desafios de sourcing, risco e sustentabilidade da cadeia de fornecedores diretos da empresa.
O que é valor ESG?
Valor ESG é quando as empresas focadas em aplicar questões ambientais, sociais e de governança, conseguem se beneficiar com a proposta.
Os investidores estão de olho em estabelecimentos que adotam políticas e mensagens ESG. Isso faz toda a diferença para uma futura aquisição ou consolidação de um negócio.
As firmas de investimentos fazem avaliações ESG, prática que mostra o quanto estão dispostas a depositar um capital em locais com fortes programas e práticas sustentáveis.
Um ranking da agência Lew’Lara TBWA, em parceria com a DCode, sobre reputação das empresas nas práticas ESG, constatou que 42% da população geral acredita que as práticas ambientais de uma marca sejam o aspecto mais importante na hora de escolher a empresa, enquanto 32% das pessoas mencionam o tópico social e 25% dos entrevistados citam as ações sobre governança, que na pesquisa foi traduzido como “ética honestidade nos negócios”
Esses resultados reforçam o valor do ESG nas organizações e como a relevância reflete nos aspectos financeiros e operacionais.
Leia também: Boas práticas de gestão de fornecedores: 4 sugestões
O que uma empresa precisa para ser ESG?
Para uma organização ser considerada sustentável, ela deve:
se preocupar com a preservação do planeta;
cuidar dos recursos naturais, reduzir a emissão de poluentes e preservar o meio ambiente;
ser transparente;
ser honesta na hora de implementar processos corporativos;
adotar boas práticas de gestão, como inibir casos de corrupção, discriminação e assédio;
ser engajada socialmente;
participar de projetos de inclusão e respeito à diversidade.
Se você pretende que sua empresa cresça e tenha mais investidores, adotar a prática de ESG é uma ideia bastante considerável. Pense nisso!
Falando nisso, a sustentabilidade foi até mesmo assunto de um TEDx Talk, que você pode conferir no vídeo abaixo:
Como selecionar fornecedores sustentáveis para a minha empresa?
Contar com fornecedores sustentáveis significa uma empresa mais eficiente e segura, ao mesmo tempo que oferece um produto mais ético para os consumidores finais.
Se você deseja ter esses benefícios em suas parcerias, algumas das ações que você pode tomar são:
se informar sobre as licenças regulatórias e ambientais do fornecedor;
fazer uma análise de risco de sustentabilidade adequada à categoria de fornecimento ou tipo de serviço prestado, identificando eventuais infrações ambientais ou processos de direito ambiental;
conhecer os processos sustentáveis do fornecedor, como gerenciamento de resíduos, redução de consumo de recursos naturais, responsabilidade social empresarial e políticas de diversidade;
verificar questões de governança corporativa e conduta do fornecedor.
E mais do que contar com a sustentabilidade de fornecedores, é poder implementar a prática do ESG na sua empresa.
Nesse sentido, a Linkana pode ajudá-lo a potencializar o recurso em sua cadeia de fornecimento.
O nosso software ajuda a identificar e dar mais oportunidades para fornecedores controlados por grupo minoritários, como negros, mulheres, indígenas e LGBTQIA+.
Isso significa que aliado a ter fornecedores sustentáveis, contar com grupos diversos melhora a reputação de qualquer empresa.
A Linkana foi uma das 20 startups brasileiras escolhidas que participaram do programa “Aceleradora 100+” da Ambev, cujo objetivo era impulsionar empreendimentos que impactam positivamente o meio ambiente e a sociedade.
Além do mais, a Linkana é o primeiro e maior software de gestão de fornecedores em rede, que otimiza o sourcing, onboarding e análise de spend com uma base de dados unificada de perfis de fornecedores certificados para cadastro, risco, qualidade e diversidade.
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