ESG
ESG na indústria farmacêutica: quais as medidas do setor para incluir práticas socioambientais?
Iniciativas ESG na indústria farmacêutica têm sido cada vez mais promissoras para diminuir os descartes impróprios de objetos perigosos. O fator é preocupante, em vista de um setor que fatura R$66 bilhões por ano, como relata a Associação Brasileira de Redes de Farmácias de Drogarias (Abrafarma).
As políticas ESG envolvem interferências ambientais, sociais e de governança, cujo objetivo é minimizar o impacto na natureza, além de produzir tratamentos mais alcançáveis para a população.
A PWC, aponta os impactos da presença ou da falta de implementações do modelo ESG no mercado, e como eles afetam toda a cadeia produtiva, principalmente quando se trata de fortalecer os investimentos.
De acordo com a mais recente pesquisa global feita com investidores, em 2021, a empresa constatou que:
79% consideram os riscos e as oportunidades ESG um fator importante na decisão de investimento;
49% se desfazem do investimento se a empresa não tomasse ações para tratar as questões ESG;
33% acreditam que a qualidade dos relatórios ESG atuais, em média, é boa.
Ou seja, adotar medidas de ESG ainda é um processo que caminha em passos curtos, porém, qualquer movimento se torna relevante para a mudança de hábito nas corporações.
Especificamente, neste artigo vamos abordar como funciona o modelo ESG na indústria farmacêutica. Você vai saber o conceito, os desafios, a importância, e muito mais. Continue com a gente!
O que é ESG?
ESG refere-se a environmental, social and governance, que, traduzido para o português, significa meio ambiente, sociedade e governança corporativa.
O “E” da sigla está relacionado a medidas ambientais. A mudança climática é o maior objetivo dos investidores, que se preocupam com as emissões de gases de efeito estufa, qualidade do ar e o gerenciamento da água.
O “S” refere-se às medidas sociais. Inserido na década de 60, o movimento dos Direitos Civis e da Guerra do Vietnã contribuiu para começar as ações socialmente responsáveis.
Em 2020, quando surgiu o movimento Black Lives Matter, a sociedade mundial mostrou-se preocupada com a falta de inclusão social, principalmente em razão dos grupos raciais e étnicos minoritários.
Nesse sentido, as empresas farmacêuticas se mostraram presentes na luta diária contra as desigualdades raciais, violência policial e racismo sistêmico, como também em uma relação sólida e transparente com a cadeia de fornecedores.
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Por fim, o “G” em ESG, ou governança, diz respeito às políticas de gestão da companhia. Estão inseridos nesse aspecto, pessoas que atuam em conselhos, interessados em prevenir contra práticas ilegais, como fraudes e subornos (compliance), e fortalecer a transparência e honestidade dentro das corporações.
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Principal desafio de implantação de ESG na Indústria Farmacêutica
O interesse em agregar aspectos ESG só aumenta, principalmente quando se trata do maior problema aparente: o preço dos medicamentos. Isso interfere nas avaliações ESG, pois dificulta a acessibilidade aos produtos.
Uma política ampla de subsídios para remédios está longe de ser prioridade da agenda brasileira. Entre baixas e altas, o País sofre uma média de reajuste de 11%, como constata o Sindusfarma.
Embora exista um programa de subsídios de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por sua vez, este é um processo lento, uma vez que a lista é restrita e nem sempre contempla as terapias indicadas para a população.
Medidas para implementar o ESG na indústria farmacêutica
O Health Research Institute (HRI), da PwC, analisou as iniciativas ESG de 32 empresas farmacêuticas e de biociências e descobriu que o setor poderia obter benefícios adicionais ao incorporar também um enfoque ambiental e de governança em sua estratégia geral.
Conforme a pesquisa, os esforços ESG na indústria farmacêutica e de biociências devem ser:
Ambiental
Frota de veículos sustentáveis;
Neutralidade de carbono em 5 a 10 anos;
Gestão avançada de resíduos e redução de custos de fabricação por meio de investimento em fabricação contínua ou outras tecnologias.
Social
Contribuições financeiras significativas para medicamentos e terapias acessíveis a comunidades carentes;
Adoção e incorporação precoce de diversidade em ensaios clínicos para pesquisa e desenvolvimento Resiliência da cadeia de suprimentos baseada na diversidade de fornecedores e em avaliação de riscos;
Esforços para melhorar a segurança do produto;
Programas abrangentes de D&I (diversidade e inclusão), voltados ao recrutamento e mentoria.
Governança
Relatório abrangente de responsabilidade social corporativa para monitorar e compartilhar o progresso mensurável em ESG;
Nomeação de liderança ESG;
Diversidade de gênero e raça nos conselhos de administração;
Metas de equidade salarial;
Políticas de ética, compliance e fraude.
Quais as principais formas de descarte ideais?
Um ponto importante sobre a sustentabilidade hospitalar é em relação à produção de lixo nos hospitais e clínicas, o que leva à aplicação de ESG na indústria farmacêutica para incentivar ações de armazenamento, retirada e coleta de resíduos a fim de evitar contaminações.
Além de realizar o descarte de forma segura, ao adotar medidas ESG, os hospitais se conscientizam sobre os possíveis acidentes com os EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais). Nesse sentido, são incluídas medidas para averiguar a durabilidade dos equipamentos, como prevenir imprevistos e prezar pela qualidade.
A importância de implementar o ESG na indústria farmacêutica
O comprador do passado é aquele que acredita que governança e compliance em compras não são relevantes. Ele não os valoriza porque crê que o investimento não vale a pena e só traz burocracia.
Já o comprador do futuro abraça temas como causas ambientais, justiça e igualdade como valores pessoais. Ele é um agente transformador desta prática e realidade dentro do seu ambiente profissional.
Em meio às mudanças no setor farmacêutico a partir da pandemia, vale a pena inserir um modelo de sustentabilidade, governança e social neste ramo.
Diante disso, a Linkana ajuda em um aspecto fundamental: na aquisição de fornecedores diversos, com visões amplas e que geram insights poderosos para incluir um modelo de sustentabilidade adequado.
Nossa plataforma certifica e classifica fornecedores de acordo com boas práticas internacionais em temas como diversidade, inclusão, sustentabilidade, social e governança corporativa.
Fazemos isso por meio de modelo proprietário de ESG rating criado para classificação e análise de fornecedores, bem como da nossa própria certificação de diversidade & inclusão para empresas pertencentes a mulheres, pretos, pardos, PcDs, indígenas e pessoas LGBTQIA+.
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