ESG
ESG na indústria alimentícia: quais os critérios do plano consciente?
As iniciativas socioambientais e de governança em uma empresa promovem práticas direcionadas à sustentabilidade, bem-estar social e transparência. A inclusão de ESG na indústria alimentícia, por exemplo, é uma tendência que tem gerado impactos positivos no ramo.
Não é à toa que a indústria de alimentos é a maior do Brasil. De acordo com o site Radar Governamental, o segmento é responsável por cerca de 10% do faturamento total do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Alimentos, os investimentos em ESG no ramo de alimentos e bebidas geraram um alcance de 0,8% do faturamento médio anual nos últimos anos.
Mas, afinal de contas, quais são as práticas de ESG na indústria alimentícia? O que, de fato, as empresas têm realizado para inserir a cultura em suas operações? Ao longo deste artigo, responderemos essas perguntas e mostraremos como adequar o modelo sustentável no seu negócio.
Continue com a gente.
Boa leitura!
O que é ESG?
A abreviação ESG em inglês significa “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança). Esse é um termo que consiste em agregar boas práticas de responsabilidade socioambiental e governança corporativa.
O conceito de ESG surgiu em 2004, em uma publicação do Pacto Global feita em parceria com o Banco Mundial, intitulada de Who Cares Wins (“Quem se importa ganha”). O modelo foi criado como uma provocação do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, aos grandes CEOs de instituições financeiras para implementar fatores socioambientais e de governança no mercado de capitais.
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ESG na indústria alimentícia nos dias de hoje
O tema segue fortalecido, visto por diversas companhias como uma grande inovação. A realidade é que muitas delas têm colocado seus esforços para implementar o tripé da sustentabilidade em suas produções, com o objetivo de conscientizar suas equipes, fornecedores, clientes acionistas e afins.
O ESG na indústria alimentícia está ligado ao agronegócio, visto que o Brasil é um dos principais players do mercado e lidera a produção e exportação de commodities agropecuárias.
De acordo com a pesquisa Projeções do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até 2030, a produção agrícola deve crescer mais de 20%. Ou seja, as empresas que aplicarem estratégias de ESG estarão na frente das tradicionais que rejeitam esse modelo de crescimento sustentável.
Problema recorrente
Embora a prática de ESG na indústria alimentícia esteja inserida no agronegócio, nem todas as corporações conseguem abranger o sistema por completo.
De modo geral, os pequenos e médios fabricantes de alimentos e bebidas tendem a aplicar boas práticas de governança. O principal motivo é que o setor deve estar em conformidade com as leis e normas reguladoras para preservar seu funcionamento.
Em outras palavras, a fiscalização dos órgãos responsáveis, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é bastante rigorosa, pois ela cobra da indústria brasileira a conformidade com as normas que abrangem os aspectos trabalhistas, fiscais e ambientais.
Mesmo assim, a indústria de alimentos está ciente sobre suas obrigações socioambientais e sabe da sua real importância. Isso fica claro na pesquisa da CEO Survey. Divulgado em março de 2021, o relatório aponta que 47% dos líderes brasileiros de agrobusiness acreditam que suas empresas precisam fazer mais para divulgar seu impacto ambiental, ante 39% dos demais.
Outro ponto que carrega um peso relevante é que as mesmas empresas que aderem ao modelo ESG em seu quadro aumentam o valor dos produtos para o consumidor final.
A empresa Sondeo Expansión publicou um estudo recente em que analisou sete grandes marcas da indústria de alimentos. Cinco delas mostraram expressivas ações sociais e ambientais, no entanto, até o primeiro trimestre de 2022, realizaram recorrentes elevações de preços dos seus produtos, muitos deles superiores à inflação do período.
Isto é, ainda falta equilíbrio entre aplicar ações ESG e conquistar a lucratividade.
Como usar as iniciativas ESG na indústria de alimentos?
A aplicação de estratégias ESG na indústria alimentícia é registrada por iniciativas direcionadas à gestão de resíduos, projetos sociais de apoio às comunidades e, também, o uso consciente dos recursos naturais. Conheça abaixo os principais movimentos:
Economia circular
O ramo alimentício e de bebidas tem projetos que servem para reutilizar os resíduos corretamente. Essas estratégias incluem:
utilização de garrafas retornáveis;
produção de embalagens biodegradáveis;
diminuição de plásticos em garrafas de água.
Entenda qual o melhor caminho que uma empresa brasileira deve trilhar para implementar um programa de diversidade de fornecedores de sucesso em nosso país.
Redução na emissão de carbono
Algumas propostas contribuem para que a matriz energética do segmento seja uma das mais transparentes do país.
Sendo assim, as empresas têm usado técnicas no campo, como: rotação de culturas, fortalecimento genético, plantio e diminuição na aplicação de fertilizantes.
Uso equilibrado de água
Conforme o Portal da Indústria, o setor industrial, responsável por 21% de participação no PIB, consome cerca de 10% da água captada para uso no Brasil. Isso mostra a demanda pelo uso de água em suas operações. Esse fator também depende de tecnologias e métodos que são aplicados para reduzir o impacto nos recursos hídricos.
Evitar trabalho escravo na pecuária
Eliminar o trabalho escravo na pecuária brasileira é uma das medidas que deve ser implementada com urgência. Segundo o Yahoo! Finanças, um grupo de pesquisa focado em questões ambientais identificou dezenas de casos de exploração de trabalhadores para o abate do gado.
Saiba mais: Gestão da diversidade: saiba como e quando aplicar
ESG em indústria alimentícia: como a Linkana pode ajudar?
Considerado o primeiro e maior software de gestão de fornecedores em rede, a Linkana tem como prioridade analisar parceiros que atendem às normas de ESG para, assim, fortalecer a qualidade das empresas.
No ramo alimentício, assim como nos demais setores, nosso trabalho não é diferente. A Linkana certifica e classifica fornecedores de acordo com boas práticas internacionais, em temas como: diversidade, inclusão, sustentabilidade, social e governança corporativa.
Fazemos isso por meio de modelo proprietário de ESG Rating, que foi criado para classificação e análise de fornecedores em critérios socioambientais e de governança, como:
autuações de trabalho escravo, forçado ou análogo ao escravo;
conformidade com as regulamentações ligadas ao meio ambiente;
ações de combate à corrupção, incluindo as sanções internacionais.
E mais: temos nossa própria certificação de diversidade e inclusão (D&I) para empresas pertencentes a mulheres, pretos, pardos, PcDs, indígenas e pessoas LGBTQIA+.
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