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Por que o ecossistema de procurement passa pela digitalização e análise de dados?
É possível dizer que o futuro do ecossistema de procurement passa por duas principais vertentes, que são a sua versão 4.0 e um conceito denominado digital sourcing.
O motivo é que a tendência desse mercado é, cada vez mais, utilizar soluções tecnológicas que permitam a captação, tramitação, gestão e análise de dados relativos a esse segmento, demandando menos tempo e mais precisão nas tomadas de decisão.
No que se refere ao procurement 4.0, ele pode ser visto como a junção das mudanças fomentadas pela indústria 4.0 — as quais trouxeram a necessidade de adoção de tecnologias com foco em operações mais eficientes, inteligentes e otimizadas —, ao procurement "nativo'’, digamos assim, que consiste em um conjunto de estratégias que visam garantir o abastecimento de uma empresa.
Já no que diz respeito ao conceito de digital sourcing, podemos defini-lo como um processo que permite a identificação e a qualificação de fornecedores, o qual também usa a tecnologia para esse fim, colaborando para agilizar e otimizar essa tarefa, bem como para diminuir potenciais falhas.
Mas como as empresas estão vendo esse novo cenário que está envolvendo o ecossistema de procurement e quais são os principais desafios a serem enfrentados para se adequar a essa nova realidade?
Siga com a leitura deste artigo e confira o que esperar e como se ajustar ao futuro do ecossistema de procurement.
O que esperar do futuro do ecossistema de procurement?
Um relatório da Accenture, denominado "Aprimorar todas as decisões com procurement inteligente", destacou que as companhias passaram a tratar esse conceito como um importante parceiro estratégico dos seus negócios.
Essa percepção, alavancada pela pandemia, fez com que os Chiefs Procurement Officers, CPOs, enxergassem esse processo como um significativo gerador de valor.
Somado a isso, 90% dos CPOs afirmaram que suas companhias estão sob forte pressão para se tornarem mais inovadoras, o que requer, entre outras coisas, a adoção de modelos operacionais orientados a dados.
O estudo, que é uma pesquisa global, abordou mais de 1.100 executivos dessa área, incluindo os líderes de procurement, os quais também foram questionados sobre o nível de maturidade de suas operações. Essa análise, por sua vez, foi dividida em quatro percepções distintas, sendo:
maturidade estável;
maturidade eficiente;
maturidade preditiva;
maturidade future-ready.
Na maturidade preditiva, ou seja, aquela que se antecipa a um acontecimento, os CPOs destacaram que o uso da tecnologia para a formação de valor transformacional, utilizando uma ciência de dados avançada como base — sobre isso, 65% dos líderes desse setor esperam ter operações preditivas até 2023.
Já no que se refere à maturidade future-ready, os dois principais objetivos é que as empresas consigam ganhar mais rentabilidade e eficiência, por meio de soluções tecnológicas como inteligência artificial em supply chain, cloud e blockchain.
Quanto a esses dois pontos de vista de maturidade, os quais são estratégicos e transformacionais, 26% dos entrevistados esperam estarem prontos para o futuro.
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Por que o procurement está relacionado à digitalização e análise de dados?
Logo no início deste artigo, dissemos que o futuro do ecossistema de procurement está relacionado à sua versão 4.0 e ao conceito de digital sourcing, lembra?
Pois bem, a junção desses dois pontos leva à definição de um novo termo, que é o digital procurement.
O digital procurement nada mais é que a digitalização amplificada desse setor, contemplando absolutamente todas as atividades e etapas que o formam, e não apenas algumas em especial.
Um dos principais objetivos desse conceito é tornar o ecossistema de procurement das empresas mais moderno, otimizado, preciso, livre de falhas e competitivo.
A adoção de soluções tecnológicas voltadas especificamente para esse fim contribuem, por exemplo, para mitigar os riscos característicos de uma supply chain, o que, consequentemente, também ajuda a empresa a não ter perdas financeiras.
No entanto, ainda que um processo mais profundo de digitalização em setores de procurement seja algo necessário, e até esperado, o relatório da Accenture que citamos destacou justamente a tecnologia é um dos obstáculos que precisam ser enfrentados para chegar a modelos operacionais e operações future-ready mais satisfatórias — condição citada por 24% dos entrevistados.
Quais tecnologias fazem parte do futuro do ecossistema de procurement?
Quando se fala em implementação de tecnologias em um ecossistema de procurement, algumas das soluções que podem fazer parte desse cenário são:
Blockchain;
Robótica;
Internet das Coisas;
Big Data;
Machine Learning;
Data Analytics;
Inteligência Artificial.
A Inteligência Artificial na análise de dados em supply chain, por exemplo, contribui para:
avaliar e fazer uma gestão de riscos de fornecedores com mais precisão;
classificar documentos automaticamente;
gerar insights com a otimização de análise de dados, entre outras aplicações.
Dica de leitura: "Inteligência Artificial na gestão de fornecedores: o que é e como aplicar"
Qual a importância da análise de dados no procurement?
E já que estamos falando de dados, qual seria a importância de Data Analytics para o futuro de procurement?
O Data Analytics é a análise dos dados gerados por um negócio. A ideia é verificar esses registros a fim de extrair informações, incluindo tendências e padrões, que ajudem os gestores nas tomadas de decisão.
Trazendo isso para um processo de busca de fornecedores, podemos dizer que essa análise contribui, e muito, para identificar potenciais parceiros de negócio realmente qualificados e compatíveis com as necessidades da empresa.
Ao se basear em dados, as chances de tomar decisões equivocadas diminuem, bem como o risco de fechar parcerias que podem prejudicar diversos pontos do negócio, tais como seu fluxo de produção, qualidade e tempo de entrega.
Aqui, vale destacar que problemas como esses afetam diretamente o relacionamento com o cliente final, comprometem a imagem da marca, podem levar à perda de clientes e, por consequência, à queda no faturamento.
Por motivos como esses é que se torna tão importante contar com o apoio de ferramentas tecnológicas apropriadas para a formação e gestão de uma rede de supply chain.
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