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Diversidade de mulheres na cadeia de fornecedores: Dicas para colocar em prática
A diversidade de fornecedores é um assunto que está cada vez mais ganhando espaço no mercado de compras.
Uma política que incentiva a diversidade dentro de uma empresa é importante pois cria uma relação de identificação para pessoas de grupos minoritários os fazendo se sentir incluídos. Além disso, essa política também tende a gerar um impacto lucrativo para a empresa.
Segundo um estudo, o retorno sobre investimento com uma diversidade de fornecedores gera um resultado 133% maior para a empresa e pode gerar novos fluxos de receita. Isso porque, atualmente, é muito comum que clientes busquem por empresas que sejam éticas e socialmente conscientes.
EP.12 - Camila Ribeiro: Formas de identificar empresas lideradas por mulheres
O que a gente olha é principalmente para a propriedade, mas para a gente também é muito importante analisar quem está tomando as decisões, quem realmente está liderando essa empresa.
Uma das opções que a gente oferece para as empresárias é a certificação, ela é importante nesse sentido porque ela ajuda a mostrar que não é só algo no papel. Então, eu verifiquei mais de 51% das ações que estão nas mãos de mulheres.
A certificação é um processo que o auditor vai acompanhar essa empresária por mais de dois ou três meses para analisar o seu dia a dia, analisar papéis e participar de reuniões.
Nesse processo ele também consegue confirmar que além da propriedade, essa mulher ou essas mulheres também são as que tomam decisões e lideram realmente essa empresa no dia a dia.
Camila Ribeiro é formada em jornalismo pela UFRJ e possui pós graduação em responsabilidade social empresarial e diversidade.
Seu maior desejo sempre foi trabalhar com os temas de sua pós e encontrou na missão da WEConnect a realização para o propósito da sua carreira: levar mais dinheiro para as mãos das mulheres empresárias.
A importância de uma rede estruturada e bem organizada para estimular um setor ou recorte de empresas se traduz nos resultados alcançados por seus participantes.
A WEConnect é a maior rede de empresas lideradas por mulheres do mundo fora dos EUA. E para falar um pouco do trabalho desenvolvido pela rede recebemos a Camila, que hoje é Partner Engagement Manager na empresa.
Nessa conversa ela trouxe um dado muito positivo e que surpreendeu até o Leo, o Brasil é o país referência em programas de diversidade e inclusão para o mundo. Mesmo sem nenhuma legislação que dite como isso deve ser feito.
Este episódio tratou do conceito do que realmente é uma empresa liderada por mulher, das formas de identificar e dos mecanismos de certificação disponíveis no mercado para autenticar essas informações. Conheçam a história da Camila, mais uma importante participante para o processo do comprador do futuro.
Confira o episódio!
Opa, Camila! Como estamos?
Muito obrigado por ter aceitado o nosso convite. Muito obrigado pela presença!
Oi, Leo! Tudo bem?
Muito obrigada você pelo convite. Muito feliz de estar aqui com vocês hoje.
Maravilha! Então, vamos começar pelo começo, conhecendo a Camila. Conte aí para a gente como foi a sua trajetória profissional até alcançar o cargo de Partner Manager em uma empresa como a WEConnect em um trabalho não só para o Brasil, mas também, pelo o que entendi, para o Caribe e a América Latina, é isso?
Exatamente. Acho que a minha trajetória, Leo, é um pouco inusitada. Eu me formei em jornalismo pela UFRJ e meu sonho sempre foi trabalhar na Globo quando eu era criança e ainda como estagiária eu consegui entrar na Globo. Trabalhei lá vários anos e adorava. Adorava trabalhar lá. Conheci meu marido que é argentino e fui morar na Argentina.
Tive sorte porque logo que cheguei lá fui contratada por uma corporação multinacional lá em Buenos Aires também e lá fiquei oito anos em diferentes setores. Trabalhei em recursos humanos, em People Engagement e em Diversidade e Inclusão.
E nesses oito anos eu fui tentando me mover para a área que fui cada vez mais me apaixonando, que é a área de Responsabilidade Social Corporativa, Diversidade e Inclusão e cada vez fui conhecendo mais disso, eu senti que esse era o caminho que eu queria seguir profissionalmente.
Então, dentro dessa própria corporação eu fui buscando entrar nesses setores e tive muita sorte porque eu consegui. E também fui me especializando por fora, fiz uma pós graduação em Responsabilidade Social lá em Buenos Aires.
E de repente, eu fui sentindo cada vez mais uma vozinha dentro de mim que foi ficando mais forte, principalmente quando nasceu a minha primeira filha, Nina. E não era só aquilo que eu queria, eu queria mais.
Queria trabalhar com algo que realmente fosse alinhado ao meu propósito, que gerasse realmente um impacto mais positivo na sociedade e aí eu comecei essa busca de: como que eu posso trabalhar em organizações não governamentais?
Comecei a expandir um pouco mais esse horizonte e aí fiquei buscando por um ano mais ou menos. Até que um dia apareceu no LinkedIn a vaga na WEConnect International nessa posição que eu estou hoje e aí na hora o meu coração começou a bater mais forte e eu senti que era aquilo.
Me candidatei, passei por um processo que foi até bem longo e aí em agosto de 2020 eu comecei nessa posição que é Partner Engagement Manager para a América Latina e para o Caribe.
E o que significa isso, é que eu faço a relação da WEConnect International com as corporações que são associadas e que estão ativas aqui, na América Latina, e também no Caribe.
Então, resumindo, essa é a minha trajetória até chegar aqui.
Muito massa, muito massa! Inclusive você falou aí de alguns temas. Você falou dessa sua presença em temas de interesse como responsabilidade social, e também falou sobre diversidade e inclusão.
E eu acho que é até uma coisa que você poderia aprofundar mais porque é uma coisa que a gente fala muito para o público voltado a procurement e a compras.
E a WEConnect está indiretamente ligada um pouco a esse mercado, mas tem muita gente nesse mercado que não conhece ainda o trabalho da WEConnect seja no mundo ou no Brasil.
E eu queria que você se aprofundasse um pouco. Conta mais sobre o que é a WECOnnect, qual a missão, quais são os objetivos mesmo que entidade tem?
Está ótimo. A WEConnect International é uma organização sem fins de lucro. Ela foi criada nos EUA em 2009 por um grupo de corporações, em sua grande maioria multinacionais, que já vinham trabalhando nos EUA há muito tempo em diversidade e inclusão de fornecedores.
Então, há muito tempo eles já conseguiam incluir em suas cadeias esse valor, esses grupos considerados diversos. E esse grupo de corporações pensou: “Bom, como a gente espalha esse trabalho para fora dos EUA?”
Porque eles eram multinacionais e não servia fazer esse trabalho apenas nos EUA. Então, em 2009 essas corporações se juntaram e criaram a WEConnect International como uma organização internacional que atua no mundo inteiro, menos nos EUA porque lá já existe uma organização que faz um trabalho muito similar, WBENC, e que chamamos de organização irmã nossa.
E a nossa missão, Leo, é ajudar a levar mais dinheiro para as mãos de mulheres empresárias. Esse é o nosso objetivo.
Tudo o que a gente faz é com esse objetivo de ajudar a levar mais dinheiro para as mãos de mulheres empresárias.
Então, no dia a dia, esse trabalho é feito de muitas maneiras. A gente trabalha com um grupo de corporações que são mais de 170 a nível global e que assumem esse compromisso de “eu como corporação quero diversificar minha cadeia de valor e quero incluir esses grupos diversos como fornecedores” e a gente identifica no mercado quem são essas empresas de mulheres.
Então, saímos para buscar essas mulheres que podem chegar a fazer negócio com multinacionais e a gente conecta essas empresárias com os compradores.
O nosso trabalho é 100% relacionado a área de compras porque para que o nosso trabalho funcione a gente precisa do compromisso e engagement dos compradores, sem isso não serve o compromisso lá do alto da corporação.
É preciso que esses compradores estejam muito engajados nessa causa e comecem a incluir cada vez mais fornecedores nesse universo dessa cadeia de valor.
Eu adorei essa sua definição dessa missão de ajudar mulheres empresárias, aliás, ajudar com que o dinheiro chegue em maior quantidade na mão de mulheres empresárias parece ser algo bem claro e parece ser bem direto ao ponto e eu sei que talvez você tenha até uma visão bem especial de como esse processo tem evoluído, né?
Porque eu acredito que tenha até diferenças em diferentes partes do mundo já que o WEConnect é uma organização global.
E eu queria que você contasse um pouquinho como está essa agenda hoje. Como você vê a evolução desses programas já que você falou que depende-se muito do comprador, do engajamento do comprador para isso acontecer. Como é que essas empresas, essas grandes corporações já estão trabalhando isso dentro da realidade delas?
Se isso está evoluindo, acelerando nos últimos anos, se, de fato, você já vê um crescimento de um spend diverso, de um spend de empresas pertencentes a mulheres em corporações no Brasil e na América Latina e se também poderia fazer um paralelo se existe uma disparidade muito grande da nossa realidade, se a gente for comparar com outras realidades.
Provavelmente o WEConnect também está presente, por exemplo na Europa que eu acredito que seja algo muito diferente quando a gente olha para Caribe e América Latina.
Se você pudesse contar um pouquinho mais disso, seria bem legal.
Olha, Leo, eu vejo sim uma tendência positiva. Para você ter uma ideia, quando eu entrei no WEConnect há dois anos, a gente tinha menos de 90 corporações que são os nossos associados e hoje a gente tem mais de 170 corporações que estão com a gente assumindo esse compromisso de diversificar a cadeia de valor e incluir empresas pertencentes a mulheres, que é o nosso foco, na sua cadeia de valor.
Eu acho que é um movimento positivo e que vem ganhando muita força e relevância.
Acho que a agenda ESG está ajudando muito essa aceleração porque as corporações estão cada vez mais preocupadas com isso e se preocupando em ser cada vez mais responsáveis socialmente e gerar um impacto mais positivo, então, acontece muito das corporações buscarem a gente para fazer esse trabalho que é excelente e quem tiver interesse também, Leo, na nossa página web, depois eu posso deixar aqui o site, a gente tem alguns exemplos de compromissos que grandes corporações tem feito nesse sentido.
Então, a Unilever, a Johnson e Johnson e a Kyndryl, quais são os compromissos que elas estão fazendo com o gasto diverso?
Por exemplo: eu vou gastar tantos dólares até 2025 em compras diversas.
Eu acho que é um exemplo legal para outras corporações darem uma olhada e verem o que as grandes corporações estão fazendo nesse sentido.
A nível global, o Brasil, não é porque a gente está aqui no Brasil e porque a gente é brasileiro, mas é uma referência mesmo de diversidade e inclusão na cadeia de valor e me dá muito orgulho.
Inclusive, nos EUA, eles tratam o Brasil como um caso excepcional mesmo de país que apesar de não ter nenhuma lei que obrigue as corporações a comprarem de fornecedores diversos, vem fazendo um trabalho excelente nesse sentido e eu vejo isso no nosso dia a dia.
Sempre comento isso com as corporações que são nossas associadas que aqui é onde eu tenho os membros de corporações - em sua grande maioria compradores - mais ativos, mais engajados, que compartilham boas práticas, participam das reuniões, participam dos nossos eventos.
Então é algo que realmente me dá muito orgulho e depois a gente tem ali do global outros países que vem avançando, mas por exemplo a África do Sul é um país que tem uma lei para isso.
Não como no nosso caso que é para incentivar mulheres, mas para empresas pertencentes a negros da África do Sul. Então, lá é uma agenda que também está se movendo bem rápido.
Depois, na Europa eu diria que o Reino Unido é um dos países onde isso está mais forte. O Canadá também é uma referência. Mas aqui na América Latina, hoje, sem dúvida nenhuma, o Brasil é o país que vem liderando quando falamos de diversidade e inclusão na cadeia de valores.
A diversidade de fornecedores é algo que está em crescimento. Preencha o formulário abaixo e faça parte desta tendência.
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Que massa! Isso para mim é uma grata surpresa. Eu não sabia que o Brasil tinha esse papel de liderança até porque quando a gente fala de tendência, sempre o pessoal fala “Ah, não, o Brasil sempre está um pouco mais atrasado que o restante do mundo”.
Então, saber que esse aspecto de compras diversas já é um indicador que o Brasil está conseguindo atingir o papel de protagonismo é até uma informação nova para mim que estou indiretamente olhando para esse mercado há um bom tempo.
Muito massa! E Camila, até um ponto que eu queria que você pudesse trazer um pouco mais de detalhes é que eu já vi muita gente se questionando, o que é que uma empresa de mulher, uma empresa pertencente a mulheres?
Porque quando a gente fala de fornecedores diversos muitas vezes vem os conceitos de “Ah, é uma empresa que tem muitos funcionários do público feminino” ou que “Alta liderança é formada por mulher ou é de algum grupo minoritário”, mas tudo o que a gente vem vendo traz a ideia de que o conceito técnico do que é um fornecedor diverso e consequentemente uma empresa pertencente a mulheres é um pouco diferente do que a gente vê no RH e do que a gente vê nas políticas internas de grandes empresas, né?
Então, se você puder contar um pouquinho o que exatamente, pelo menos dentro do conceito da WEConnect, seria um fornecedor diverso, uma empresa pertencente a mulheres?
Acho que vai ajudar o pessoal a entender um pouco melhor essa diferença.
Está ótimo. O critério que a gente aceita, Leo, é o critério que é globalmente aceito para considerar uma empresa diversa, que é 51% ou mais da empresa tem que estar nas mãos de uma ou mais mulheres.
Ou seja, 51% das ações têm que estar nas mãos de uma ou mais mulheres. Então, o que a gente olha primeiro é para a questão de propriedade, mas para a gente também é muito importante analisar quem está tomando as decisões, quem realmente está liderando essa empresa.
E uma das opções que a gente oferece para as empresárias é a certificação. Ela é importante nesse sentido porque ela ajuda a mostrar que não é só algo no papel.
Então, ok, eu verifiquei que mais de 51% das ações estão nas mãos de mulheres, mas a certificação, que é o processo que um auditor vai acompanhar essa empresária por dois ou três meses para analisar o seu dia a dia, analisar papéis, reuniões, esse processo também consegue confirmar que além da propriedade, essa mulher ou essas mulheres são as que também tomam essas decisões e lideram essa empresa no dia a dia.
Por que eu faço esse esclarecimento? Porque infelizmente no passado a gente teve casos de que no papel a empresa era pertencente a mulheres, mas quando a gente olhava a vida real, a gente percebia que quem tomava as decisões era o marido, um pai ou um filho.
E isso para a gente não é considerado uma empresa de mulheres. Então, é importante que seja a propriedade, em primeiro lugar, mas que também essa mulher realmente tenha autonomia para liderar essa empresa no dia a dia.
Boa. Muito legal isso. Se eu pudesse então resumir essa ideia, você faz uma análise não só formal e teórica de quem é realmente dono e administra aquela empresa como também faz esse papel de fazer uma evidência prática.
Vê se de fato no dia a dia quem tá mandando na empresa, assinando os papéis e tomando as decisões é de fato essa mulher ou grupo de mulheres.
Vocês acabam fazendo as duas coisas exatamente para mitigar o risco de alguém ali dizer que é pertencente à mulher no papel, mas que na prática é um homem ou qualquer outro tipo de controle que está acontecendo que não, necessariamente, passe por aquele grupo. É isso?
É exatamente isso. Então, na certificação que é um processo que tem um custo para as empresárias porque a gente contrata um auditor externo que é a pessoa que vai fazer esse papel. Ele vai garantir, no final ele vai dar um selo como se fosse um iso que comprova que essa empresa é pertencente e liderada por mulheres.
Para quem não puder cobrir esse custo da certificação, a gente também oferece outra forma de veiculação que é o registro. Ele é 100% gratuito e nesse caso as empresárias também vão acessar os benefícios da nossa rede e nesse caso a gente confia na palavra dessa empresária.
Então, ela vai preencher um formulário e se autoproclamar como empresa pertencente a mulheres e nesse caso não tem auditoria e a gente confia na palavra dessa empresária.
Muito legal. Vamos à prática. Vamos dizer que existe uma empresa liderada por mulheres ou pertencente a mulheres que está escutando a gente e ela quer fazer esse registro ou até eventualmente quer até entrar no processo da certificação. O que ela deve fazer? Ir no site? Tem algum contato que ela faz? Conta um pouquinho do que uma empresa no Brasil precisa fazer para isso acontecer?
Está ótimo. Na nossa página tem os dois formulários disponíveis. Então, para a certificação que é esse processo que eu comentei que é um pouco mais longo, com custo que depende do faturamento anual da empresa. Ele varia de 150 a 350 dólares por ano e aí essa empresária vai preencher o formulário, vai disponibilizar os documentos e no final desse processo, conforme o auditor tiver acompanhado, essa empresária vai receber esse certificado com esse comprovante de que a sua empresa é pertencente a mulheres.
Para a empresária que queira se registrar, também é através da nossa página da web, mas é um formulário diferente, que é o de registro. E nesse caso ela só vai preencher um formulário online, vai se autoproclamar como uma empresa de mulheres e vai passar a fazer parte da nossa rede. E começa a aparecer nesta vitrine.
A gente tem hoje uma vitrine de empresas de mulheres no mundo inteiro. No mundo a gente tem hoje 116 mil empresas de mulheres com a gente. E nessa base que a gente tem aparece mulheres tanto certificadas quanto registradas.
Muito legal. Hoje a WEConnect seria a maior rede de mulheres no mundo, Camila?
É sim. Fora dos EUA. WBENC tem uma forma muito grande nos EUA. Lá eles tem um número de corporações gigantes que trabalham com eles e também muitas empresas. Mas fora dos EUA, sim, a gente é a maior rede de mulheres empresárias do mundo.
Hoje a gente estava até conversando um pouco antes do nosso papo aqui e você acabou de sair de um evento grande que vocês tem da WEConnect. Vocês já estão com alguma coisa planejada para o ano que vem? Algum tipo de interação que as empresárias já deveriam olhar no calendário para participar? Tem alguma coisa para compartilhar com a gente?
Vai ter muita coisa legal. A gente ainda está desenhando um pouco datas e tudo mais, mas a gente sempre tem a nossa conferência regional que é o nosso evento do ano. Geralmente são dois dias de treinamento, capacitações e mesas redondas para empresárias e também para compradores.
Então, a gente faz um evento que tem essa parte voltada para os compradores e outras seções voltadas para as empresárias e o ponto alto desse evento para mim é a seção de matchmaking em que a gente tem reuniões individuais entre uma empresária e um comprador de uma de umas nossas corporações que se transforma em uma oportunidade de negócio para essa empresária.
Então, como a gente estava conversando antes da gravação, provavelmente ano que vem essa conferência vai ser presencial de novo e muito provavelmente no Brasil, mas por enquanto ainda não está confirmado. Então, só aqui entre nós e entre a audiência, tomara que sim.
E depois, sim. Tanto na nossa página do Instagram quanto no LinkedIn a gente sempre tem os eventos que são próximos e a gente sempre tem também muitos webinars que a gente tem feito. Tanto aqui no Brasil, quanto para a América Latina.
E a gente conta muito sobre como as corporações que a gente disponibiliza usa os recursos humanos para dar esses webinars, que é uma iniciativa muito legal.
Então, a gente tem profissionais dessas grandes corporações que vem falar para as nossas empresárias sobre estratégia de marketing, como fazer um pitch de vendas, como construir uma área de recursos humanos. A gente teve uma sessão que foi muito legal sobre síndrome da impostora com a Fernanda da BMS, então a gente tem sim muitas iniciativas vindo por aí.
Eu não consigo falar de datas e detalhes pro ano que vem, mas com certeza mais para o final do ano nas nossas redes sociais vocês vão ter mais visibilidade do que vem para o ano que vem.
Muito legal e realmente esses webinars são muito bacanas e eu até acompanhei um de vocês com o pessoal da Mondelez Brasil com o Gilson que também é um parceiro Linkana.
Então é sempre muito conteúdo rico e só reforça bem esse papel que a WEConnect tem não só de ajudar as grandes empresas a identificarem e a classificarem as empresas pertencentes a mulheres como também esse papel que vocês tem que fomenta o ecossistema.
Seja trazendo os eventos que vão gerar as interações entre empresas e fornecedores, os treinamentos, workshops, os matchmakings ou webinars, eu acho que vocês acabam preenchendo todas essas lacunas para impulsionar essa agenda não só do ponto de vista formal mas também do ponto de vista prático.
E pelo o que a gente tem visto de oportunidade porque tem muita coisa a ser feita, acho que tem muito espaço ainda para a gente acelerar. Mas pelo pouco que eu já consegui conhecer e acompanhar do trabalho da WEConnect, vocês são uma grande referência para quem já está fazendo esse tipo de iniciativa há um bom tempo.
Então, é muito legal mesmo. Estão de parabéns, Camila.
E uma coisa que eu acho que seria legal você trazer um pouco da sua visão pessoal, você falou muito das empresas pertencentes a mulheres, o papel da WEConnect nesse ecossistema, você falou como depende-se do engajamento dos compradores das corporações para fazer tudo isso acontecer, né?
E eu queria te perguntar o que eu pergunto para todo mundo que vem aqui, que topa bater esse papo aqui com a gente aqui na Linkana.
Para você, Camila Ribeiro, quem é ou quem seria o comprador do futuro?
Leo, eu acho que aqui na WEConnect International eu já trabalho hoje com muitos compradores do futuro.
Porque eu fiquei pensando nessa resposta e eu acho que o comprador do futuro é aquele comprador que além do trabalho tradicional, é aquele que ele já faz no dia a dia, que não é algo menor porque eu sei que ele já é um trabalho super completo, exigente, demandante que esse comprador tem que fazer no dia a dia, é aquele comprador que também está pensando: “como eu posso nesse lugar de comprador, gerar um impacto mais positivo? Não só na minha empresa, como também na comunidade, na sociedade que me rodeia?”
E eu sinto que os compradores que a gente tem hoje na WEConnect são compradores que honram com esse compromisso.
Do tipo, “Bom, deixa eu começar a incluir fornecedores que hoje não estão trabalhando comigo”, “Deixa eu abrir as portas para empresas pertencentes a mulheres que às vezes já fazem negócios com multinacionais ou de repente não”.
As vezes é a primeira vez que essa empresária está conseguindo uma oportunidade com uma multinacional e esse comprador abre esse espaço, dá esse voto de confiança para essa empresa.
E também algo que fiquei pensando quando você citou a Mondelez e o Gilson foi que tem também aquele comprador que tenta, dentro da sua corporação, encontrar maneiras de gerar esse impacto mais positivo.
Então, o caso da Mondelez é um caso excelente porque a gente tem uma - não é bem uma reclamação - mas as vezes é uma dor que as empresárias costumam trazer para a gente que são os tempos de pagamentos que as corporações têm quando costumam fazer negócios com as empresárias ou com qualquer fornecedor. São as vezes tempos muito longos que podem chegar a 120 a 150 dias dependendo do trabalho que foi prestado até esse pagamento ser feito.
E a gente sempre leva isso aos compradores que são associados a WEConnect International, que eles sabem que isso é um problema para as nossas empresárias. E aí a Mondelez foi uma empresa que conseguiu, lá dentro, mudar políticas e práticas que é algo que eu que venho de multinacional sei que não é fácil e imagino que deve ter dado um baita trabalho e eles conseguiram mudar essa política e reduzir muito o tempo de pagamento para fornecedores diversos, inclusive para empresas de mulheres que é o nosso foco aqui na WEConnect.
Então, vai aí esse reconhecimento para o Gilson, para a Mondelez, que eu acho que é exatamente isso que a gente busca: é como eu posso fazer o meu trabalho, que eu tenho que continuar fazendo e ainda gerar um impacto positivo.
Eu acho que é isso, Leo. Não sei se ficou boa a minha resposta.
Ficou ótima. Eu acho que até volta a premissa do início do nosso papo, né?
Você falou muito do impacto dessa agenda ESG, tanto nas empresas quanto nos profissionais que compõem essa empresa.
Eu acho que esse exemplo seu é muito legal porque fala muito de como agora o comprador tem que ir além do dia a dia dele de compras, da rotina de procurement de aquisição, negociação e formalização da compra, mas também abraçar os temas de sustentabilidade, responsabilidade social, muitas vezes é algo que já está na agenda pessoal dessas pessoas, faz parte da vida de muitas dessas pessoas, principalmente dessa geração nova que está vindo.
Talvez muito mais no DNA delas do que das gerações anteriores a nossa, dos nossos avós, etc, e isso acaba tendo um diferencial positivo também na maneira como elas puxam essa mudança dentro das empresas, óbvio.
É importantíssimo e você mesma pautou isso no início, que tenha esse commit da alta liderança, mas a gente precisa também que quem está na ponta compre a ideia e queira que a ideia dê certo, né?
Eu acho que resume muito bem e eu concordo muito com esse conceito de comprador do futuro porque ele é muito parecido com a ideia de comprador do futuro que a gente tem aqui na Linkana.
Muito massa, Camila! O papo estava muito bom, mas estamos chegando ao final desse papo.
Foi muito massa conhecer mais da WEConnect, mais do seu trabalho, Camila.
Confesso que tinha coisas que eu não sabia, principalmente esses dados do Brasil que você trouxe. E eu queria aproveitar o nosso encerramento para que você pudesse compartilhar como as pessoas fazem para te encontrar, falar contigo, saber mais sobre o trabalho da WEConnect. Fala aí para o pessoal que está ouvindo, como eles podem fazer para isso acontecer.
Está ótimo. Obrigada, Leo!
Foi muito legal mesmo. Foi uma conversa mesmo divertida. E olha, vocês podem conhecer mais sobre o nosso trabalho na nossa página e temos o nosso canal de rede sociais. Temos o Instagram específico do Brasil é @weconnect_international_brasil e quem quiser falar direto comigo o meu e-mail é cribeiro@weconnectinternational.org
Maravilha, Camila!
Fantástico mesmo. Obrigado pelo papo e até a próxima!
Obrigada você, Leo!
Mais uma conversa massa. Obrigado por ter escutado. Se você gostou, não esqueça de seguir o nosso podcast e se quiser saber mais sobre a Linkana, acesse o nosso site e siga nossas páginas no Instagram, LinkedIn e Youtube.
Eu sou Leo Cavalcanti, CEO da Linkana.
Até o próximo episódio.
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