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Chief Procurement Officer (CPO): quais as habilidades esperadas?
Um Chief Procurement Officer (CPO) é um profissional de nível executivo cujas responsabilidades contemplam sourcing, gerenciamento de suprimentos e de compras de uma empresa.
Na tradução para o português, trata-se do Diretor de Suprimentos, cargo que comumente se reporta diretamente ao CEO, Chief Executive Officer (Diretor Executivo) da companhia.
Considerando que o setor de compras e procurement conquistou posição de destaque e passou a ser visto e tratado como um dos pilares de crescimento dos negócios, a atuação do CPO se tornou ainda mais importante para a conquista de questões como redução de custos e aumento do potencial competitivo das organizações.
Essa constatação parte do princípio de que a construção de um relacionamento estratégico com fornecedores é a base para garantir um fluxo de abastecimento alinhado com os objetivos da empresa.
Ou seja, não se trata mais de apenas montar um time de procurement para garantir o estoque de matéria-prima ou a contratação de serviços para que a dinâmica da companhia não seja comprometida.
Se o foco é crescimento e rentabilidade, é essencial ter uma visão mais holística quanto a esse departamento e as atividades pertinentes a ele.
Nesse cenário, o Chief Procurement Officer (CPO) entra para definir, desenvolver e executar, com sua equipe, todos os processos que envolvem o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Mas, para isso, esse profissional precisa ter algumas habilidades e competências compatíveis com o cargo.
Siga a leitura deste artigo e confira agora quais são, bem como suas demais responsabilidades e influência na expansão de uma empresa.
O que faz o Chief Procurement Officer (CPO)?
O Chief Procurement Officer (CPO) é o profissional executivo responsável por fazer a gestão, a administração e a supervisão da rotina da supply chain de uma companhia.
Entre suas atividades atribuídas a esse cargo, podemos destacar o gerenciamento da contratação de fornecedores, com o objetivo de garantir o volume adequado de abastecimento de insumos, equipamentos, materiais e serviços para manter o fluxo de produção da empresa.
Considerando também que o Chief Procurement Officer (CPO) é o profissional com nível mais elevado, no que se refere à gestão de fornecimento de um negócio, outras responsabilidades desse cargo que podemos citar são:
desenvolvimento de estratégias de compras;
alinhamento das ações de supply chain aos valores da empresa;
supervisão para garantir o cumprimento dos contratos firmados;
fortalecimento do relacionamento com os fornecedores;
gerenciamento do time de compras e procurement.
Desenvolvimento de estratégias de compras
Cabe ao Chief Procurement Officer o desenvolvimento de um plano de estratégias e ações voltadas para a continuidade do fluxo de abastecimento da empresa.
A ideia com esse planejamento é definir diretrizes que ajudem a, por exemplo:
conter ou reduzir custos;
aprimorar a gestão de fornecedores;
fomentar o bom desempenho do fornecedor;
garantir uma postura ética nas negociações;
garantir o atendimento de políticas ESG;
manter a empresa em compliance durante todo o processo de compra.
Alinhamento das ações de supply chain aos valores da empresa
Se os valores da empresa são pautados em boas práticas ESG e sustentabilidade corporativa, por exemplo, suas ações de supply chain devem seguir o mesmo princípio, concorda?
No caso, estamos falando sobre garantir a construção de uma base de fornecedores diversificados, que prezam pela governança e pelo cuidado socioambiental. Isto é, alinhados com os mesmos propósitos da companhia.
Para alcançar isso, uma das atribuições de um Chief Procurement Officer é desenvolver um programa de diversidade de fornecedores. Esse tipo de planejamento dá as diretrizes necessárias para o time de compras e procurement identificar mais facilmente fornecedores com esse perfil.
Supervisão para garantir o cumprimento dos contratos firmados
A avaliação de desempenho dos fornecedores é outro ponto que precisa estar sob a supervisão de um CPO.
Contratos que não são cumpridos à risca, perda de qualidade das matérias-primas e/ou serviços e atraso nas entregas são alguns dos fatores que impactam seriamente o bom andamento de uma empresa e, consequentemente, seu relacionamento com o cliente final.
Nesse contexto, o Chief Procurement Officer deve atuar como o responsável por evitar para que problemas como esses não aconteçam, seja de maneira direta, seja orientando adequadamente as ações do seu time.
Fortalecimento do relacionamento com os fornecedores
Seguindo essa linha de raciocínio, o CPO não pode ser uma figura inacessível aos fornecedores. É certo que, dependendo do porte da empresa, estabelecer um contato direto e constante com esses parceiros pode ser complicado.
Porém, também cabe a esse profissional usar o seu poder de comunicação para aprimorar o relacionamento com fornecedores e buscar a construção de uma colaboração mútua que seja benéfica para ambos não apenas em curta, mas também em médio e longo prazo.
Gerenciamento o time de compras e procurement
Por ser um profissional de nível executivo, o Chief Procurement Officer não atua sozinho. Isso significa que, para realizar todas as atribuições citadas, é fundamental que o CPO conte com uma boa equipe de compras e procurement.
Quanto a isso, é responsabilidade desse gestor gerenciar os colaboradores desse time. Isso inclui dar diretrizes de como devem ser suas atuações e as melhores práticas esperadas para o setor.
Somado a esse ponto, cabe a esse profissional providenciar as ferramentas necessárias para o dia a dia, a exemplo de cursos de gestão de fornecedores e da tecnologia necessária para aumentar a produtividade e, com isso, entregar mais e melhores resultados para a empresa.
Aqui, não podemos deixar de citar também a contribuição com a formação do comprador do futuro, que é aquele que tem como principais características a resiliência (valor), a agilidade (ecossistema) e a responsabilidade (ESG).
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Quais são as competências do Chief Procurement Officer?
Devido à sua importância na área de compras de uma empresa, é esperado que o Chief Procurement Officer (CPO) tenha algumas habilidades e competências específicas e compatíveis com o cargo.
Entre as mais pertinentes e esperadas estão:
visão holística;
perfil de liderança;
adaptabilidade;
flexibilidade;
capacidade analítica;
capacidade de negociação;
boas habilidades de comunicação;
tomadas de decisão rápidas;
conhecimento financeiro;
capacidade de se antecipar a problemas;
conhecimento aprofundado sobre leis e regulamentações.
Como ser um CPO (Chief Procurement Officer) do futuro?
Para saber como ser um CPO (Chief Procurement Officer) do futuro, o primeiro passo é entender que o papel desse profissional dentro das empresas mudou.
Se antes cabia ao Diretor de Compras, como também pode ser chamado esse cargo, apenas fazer uma gestão que garantisse que a companhia não tivesse seu fluxo de abastecimento interrompido, hoje, cabe à pessoa que ocupa essa função contribuir para que o negócio cresça e se torne mais rentável.
Um dos motivos dessa modificação — a qual levou à necessidade de os profissionais da área descobrirem como ser um CPO (Chief Procurement Officer) do futuro —, é o fato de o setor de compras e procurement ter se tornado um importante pilar de crescimento para as companhias.
Quanto a isso, é preciso considerar que, se o bom funcionamento de um negócio depende da obtenção de matéria-prima e insumos, e/ou da contratação de terceiros, significa que esses são seus pontos de partida.
Desse modo, se algum processo no início dessa cadeia não sair como esperado, ou gerar custos elevados, todo o fluxo da empresa é comprometido e, consequentemente, o relacionamento com os clientes finais e o faturamento.
Em resumo, se a relevância do setor de supply chain agora é outra, o papel dos colaboradores dessa área também. Por essa razão, é tão importante entender como ser um CPO (Chief Procurement Officer) do futuro.
Quais as habilidades do CPO do futuro?
Além das habilidades para ser o CPO do futuro, tais como perfil de liderança, adaptabilidade, flexibilidade, visão holística, entre outras, há algumas boas práticas para se preparar para o amanhã e, assim, conseguir enfrentar os novos desafios.
As sugestões que separamos para você quanto a isso são:
conheça bem o seu atual papel na empresa;
entende profundamente o funcionamento do negócio;
estruture bons relacionamentos;
fomente o crescimento profissional da equipe e o seu próprio;
gere impacto positivo para a organização.
Conheça bem o seu atual papel na empresa
Uma das responsabilidades do CPO (Chief Procurement Officer) é definir a estratégia e a cultura do setor de compras de uma empresa. Entretanto, como dissemos logo na abertura deste artigo, o papel desse profissional não se resume mais a essa atividade ou a alguma correlata.
Por exemplo, se um dos objetivos da empresa é reduzir gastos, ao estabelecer as diretrizes de gestão de fornecedores que serão seguidas é preciso orientar a equipe a buscar por parceiros de negócios que ajudem a atender esse critério, focando no crescimento da companhia.
No entanto, é fundamental deixar claro que, mesmo que essa seja uma das metas da companhia, a tentativa de saving de compras a qualquer custo pode impactar negativamente essa estratégia.
Ainda que se consigam preços menores, o resultado dessa insistência pode ser o comprometimento da qualidade dos produtos e/ou serviços adquiridos, ou até mesmo no relacionamento com os fornecedores.
Compradores do futuro não devem atuar dessa forma, logo, o Chief Procurement Officer também não.
Entenda profundamente o funcionamento do negócio
Todas as ações da empresa precisam estar em perfeita harmonia com o setor de compras. De forma prática, isso quer dizer que para saber como ser um CPO (Chief Procurement Officer) do futuro é preciso entender profundamente o funcionamento do negócio.
Esse “entender profundamente” contempla tanto o fluxo de funcionamento do negócio quanto conhecer os seus valores.
Ao entender como o negócio funciona, o CPO e sua equipe conseguem mitigar riscos e se preparam melhor para enfrentar cenários incertos, a exemplo da pandemia da covid que mudou a cadeia de suprimento de diversos setores.
Com relação ao alinhamento de valores, estamos falando sobre a importância da sustentabilidade na cadeia de fornecedores (ESG) e da implementação de programa de diversidade de fornecedores, ambos conceitos que afetam a imagem e os resultados da empresa em curto, médio e longo prazo.
Estruture bons relacionamentos
Um dos desafios do CPO é estabelecer um relacionamento estratégico com os fornecedores. Pensando no futuro da companhia, essa é uma maneira de contribuir para o seu crescimento e aumento de rentabilidade.
Entre os motivos pelos quais isso acontece é que ao formatar um relacionamento desse tipo com fornecedores se obtém fontes mais seguras de abastecimento, ajudando a evitar a quebra desse fluxo.
Porém, isso precisa ser benéfico para todos os envolvidos nessa cadeia. Por conta disso, para saber como ser um CPO (Chief Procurement Officer) do futuro, é bem importante alinhar interesses, identificar boas oportunidades de negócio, construir um modelo de colaboração mútua, entre outras ações semelhantes.
Fomente o crescimento profissional da equipe e o seu próprio
Mas o bom relacionamento deve focar não apenas nos agentes externos, mas também nos internos. Uma forma de colocar isso em prática é valorizar e impulsionar a atuação de cada membro do time.
Aqui, a atuação do CPO do futuro tem como propósito manter a equipe motivada e estimular o crescimento individual e coletivo dos colaboradores.
O próprio Diretor de Compras também precisa fazer parte dessa estratégia, tendo em mente que um aprendizado contínuo é uma das melhores maneiras de se manter atualizado, por dentro do que acontece no mercado de procurement e, dessa forma, mais preparado para o futuro.
Treinamento para a equipe de compras e cursos de gestão de fornecedores são dois bons exemplos para fomentar o crescimento profissional da equipe e o próprio.
Gere impacto positivo para a organização
O CPO do futuro não apenas segue e respeita os valores da empresa, ele também os cria. Isso se torna possível porque esse profissional pode elaborar processos mais modernos e dinâmicos que tragam mais e melhores resultados para a companhia.
Por exemplo, se identificar que os softwares de gestão de fornecedores que estão sendo utilizados estão obsoletos ou incompatíveis com a rotina da empresa, cabe a esse profissional pensar na dinâmica e na produtividade da equipe e em quanto soluções novas podem contribuir para respostas melhores.
Dica de leitura: “Como convencer seu chefe a contratar a Linkana? 4 maneiras para motivá-lo“
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